Twitter suspende conta de Donald Trump em definitivo
Rede social justifica suspensão definitiva "devido ao risco de mais incitação à violência"
O Twitter anunciou esta sexta-feira que a conta de Donald Trump foi suspensa permanentemente.
Relacionados
"Após uma análise minuciosa dos tweets recentes da conta de Donald Trump e do contexto ao seu redor, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitação à violência", escreveu a rede social.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
A rede social tinha já eliminado vários tweets de Trump, que tem repetidamente contestado a legalidade das eleições presidências e suspendeu a sua conta por 12 horas, tendo-a reativado na quinta-feira, segundo refere a AFP.
Esta decisão surge um dia depois de o Facebook e o Instagram terem banido o presidente cessante dos Estados Unidos, impedindo-o de publicar conteúdo pelo menos até à posse do Presidente eleito, Joe Biden, no dia 20 de janeiro.

É assim que está a conta oficial no Twitter de Donald Trump. Era a sua principal ferramenta para comunicar com os seus apoiantes.
Numa publicação feita esta quinta-feira, o fundador da empresa, Mark Zuckerberg, disse que o risco de permitir que Trump use a plataforma é muito grande, depois de ter incitado uma multidão que depois participou na invasão ao Capitólio dos Estados Unidos na quarta-feira, na qual morreram quatro pessoas.
Zuckerberg indicou que a conta de Trump vai ser bloqueada "pelo menos nas próximas duas semanas", mas pode permanecer bloqueada indefinidamente.
"Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar o nosso serviço durante este período são simplesmente grandes demais", escreveu.
Essa foi uma medida sem precedentes até então, tomada depois de milhares de apoiantes do Presidente incumbente ter invadido o Capitólio.
Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com forças policiais e invadiram o Capitólio, em Washington, enquanto as duas câmaras, Senado e Câmara de Representantes, estavam reunidas para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de 03 de novembro.
Pelo menos quatro pessoas morreram na invasão do Capitólio, anunciou a polícia, que deu conta de que tanto as forças de segurança, como os apoiantes de Trump utilizaram substâncias químicas durante a ocupação do edifício.
Já esta quinta-feira o Congresso dos Estados Unidos ratificou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro, na última etapa antes de ser empossado em 20 de janeiro.
O vice-presidente republicano, Mike Pence, validou o voto de 306 grandes eleitores a favor do democrata Joe Biden contra 232 para o Presidente cessante, Donald Trump.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.
Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.
Partilhar
No Diário de Notícias dezenas de jornalistas trabalham todos os dias para fazer as notícias, as entrevistas, as reportagens e as análises que asseguram uma informação rigorosa aos leitores. E é assim há mais de 150 anos, pois somos o jornal nacional mais antigo. Para continuarmos a fazer este “serviço ao leitor“, como escreveu o nosso fundador em 1864, precisamos do seu apoio.
Assine aqui aquele que é o seu jornal