Donald Trump, presidente eleito dos EUA.
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Trump ameaça Hamas: “Se não libertarem os reféns até à tomada de posse, o Médio Oriente será um inferno”

Sobre a guerra na Ucrânia, o presidente eleito dos Estados Unidos responsabilizou o seu antecessor, Joe Biden, pela invasão russa em fevereiro de 2022.
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Donald Trump dirigiu esta terça-feira uma séria ameaça ao grupo islamita palestiniano Hamas. “Se não libertarem os reféns até à data da tomada de posse, o Médio Oriente será um inferno e isso não será bom para o Hamas, nem para ninguém. O caos vai instalar-se”, avisou o presidente eleito dos Estados Unidos durante uma conferência de imprensa na sua residência de Mar-a-Lago, na Florida.

Durante este evento, o enviado especial para o Médio Oriente escolhido por Trump, Steve Witkoff, afirmou que os negociadores estão a “fazer muitos progressos” para a libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza nas negociações a decorrer em Doha, no Qatar. Witkoff disse que estão “à beira” de chegar a acordo e afirmou estar “muito esperançado” que a 20 de janeiro, dia da tomada de posse de Trump. haja “boas notícias” para anunciar. “É melhor que haja”, acrescentou Trump.

Witkoff atribuiu o desbloqueio das negociações ao próprio Trump. “É o Presidente, a sua reputação, as coisas que disse, que estão a impulsionar esta negociação, e espero que tudo se resolva e que possamos salvar algumas vidas”, afirmou.

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Sobre a guerra na Ucrânia, Trump responsabilizou o seu antecessor, Joe Biden, pela invasão russa em fevereiro de 2022. “Se eu fosse Presidente, essa guerra nunca teria começado”, vincou, lamentando “as muitas mortes de jovens russos e ucranianos” e a “destruição de cidades” e manifestando a intenção de falar com o presidente russo, Vladimir Putin, nos próximos seis meses: “Sei que ele quer, mas sei que não é apropriado antes da inauguração, o que eu odeio porque há muitos mortos.”

O presidente eleito referiu que os Estados Unidos têm dado muito mais dinheiro à Ucrânia do que a União Europeia, apesar de haver “um oceano no meio”.

Trump criticou ainda Biden pela saída “escandalosa” das forças norte-americanas do Afeganistão, em 2021, que levou ao rápido regresso ao poder dos talibãs: “Eu teria saído com dignidade, mas saímos a parecer uns palermas.”

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