Três mortos em ponto de passagem entre Cisjordânia ocupada e Jordânia
Ahmad GHARABLI / AFP

Três mortos em ponto de passagem entre Cisjordânia ocupada e Jordânia

A polícia israelita adiantou que o agressor foi "neutralizado".
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Os serviços de emergência israelitas anunciaram este domingo a morte de três pessoas num ataque com armas de fogo num dos pontos de passagem entre o Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, e a Jordânia.

"Após tentativas de reanimação, o pessoal paramédico e a equipa da ambulância da MDA [Magen David Adom, o equivalente israelita da Cris Vermelha] declararam o óbito de três homens, com cerca de 0 anos de idade, que foram atingidos com balas", referiram os serviços de regência, em comunicado.

Num outro comunicado, citado pela AFP, a polícia israelita adiantou que o agressor foi "neutralizado".

Na sequência do ataque, as autoridades de Israel encerraram todas as passagens fronteiriças com a Jordânia. 

Segundo confirmou à agência EFE um porta-voz das autoridades israelitas, todas as passagens terrestres para o país vizinho foram encerradas até novo aviso.

A mesma fonte adiantou ainda que as três vítimas eram operadores de gruas que trabalhavam no momento do ataque, embora alguns meios de comunicação, como a CNN ou o israelita Haaretz, tenham noticiado que eram seguranças. 

Nos últimos dias, as forças israelitas levaram a cabo uma operação de grande envergadura no norte da Cisjordânia ocupada. Utilizando tanques, escavadoras e helicópteros blindados, e até franco-atiradores e drones explosivos, o Exército israelita matou 36 palestinianos durante a incursão de 10 dias, incluindo menores e idosos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já condenou o ataque a tiro que provocou a morte dos três civis na Cisjordânia ocupada

"É um dia difícil. Um terrorista desprezível assassinou três dos nossos cidadãos a sangue-frio na ponte Allenby", a passagem fronteiriça entre a Cisjordânia e a Jordânia, referiu Netanyahu.

"Estamos rodeados por uma ideologia assassina liderada pelo eixo do mal do Irão", acrescentou ainda o primeiro-ministro, mencionando o assassinato, no final de agosto, pelo grupo islâmico Hamas, de seis reféns israelitas que mantinha cativos na Faixa de Gaza desde outubro.

O ataque aconteceu poucas horas depois de centenas de milhares de pessoas terem participado, no sábado, em novos protestos em diferentes locais de Israel, exigindo ao governo de Benjamin Netanyahu que conclua um acordo de cessar-fogo com o Hamas que permita a libertação dos reféns israelitas.

Na capital israelita, Telavive, mais de 500.000 pessoas participaram naquela que foi a maior manifestação desde o início da intervenção militar israelita na Faixa de Gaza, após uma semana marcada pela convocação da primeira greve geral nacional e numerosos atos de protesto, segundo a imprensa local.

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