O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete HegsethEPA/WILL OLIVER

Secretário de Defesa dos EUA partilhou informações secretas com familiares num grupo de mensagens

As revelações aconteceram num chat da aplicação Signal e levantam mais questões sobre a utilização do sistema de mensagens não classificado por parte de Hegseth.
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, partilhou detalhes de um ataque de março aos houthis do Iémen num grupo de mensagens que incluía a sua mulher, irmão e advogado pessoal, avança a Reuters, que cita fonte familiarizada com o assunto.

As revelações aconteceram num chat da aplicação Signal e levantam mais questões sobre a utilização do sistema de mensagens não classificado por parte de Hegseth para partilhar detalhes de segurança altamente confidenciais, numa altura delicada para o próprio, depois de vários altos funcionários do Pentágono terem sido afastados na semana passada na sequência deu uma investigação interna de fuga de informação.

No chat com os familiares, Hegseth partilhou detalhes do ataque semelhantes aos revelados no mês passado pela revista The Atlantic depois de o seu editor-chefe, Jeffrey Goldberg, ter sido incluído num grupo de mensagens por engano, num incidente bastante embaraçoso para o Pentágono.

Este segundo chat inclui cerca de uma dúzia de pessoas e foi criado durante o seu processo de confirmação para discutir questões administrativas, em vez de planeamento militar detalhado, mas foram lá revelados detalhes do cronograma dos ataques aéreos, disse fonte familiarizada com o assunto.

A mulher de Hegseth, Jennifer, é uma ex-produtora da Fox News e participou recentemente em reuniões delicadas com líderes militares estrangeiros, segundo imagens publicadas publicamente pelo Pentágono.

Já o irmão do secretário de Defesa dos EUA integra o Departamento de Segurança Interna no Pentágono.

Em resposta à notícia de mais uma fuga de informação, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse, sem apresentar provas, que os meios de comunicação social estavam a "aceitar com entusiasmo as queixas de antigos funcionários descontentes como as únicas fontes para o seu artigo".

"Os meios de comunicação que odeiam Trump continuam obcecados em destruir qualquer pessoa que esteja comprometida com a agenda do presidente Trump. Já conquistámos muito pelos combatentes americanos e nunca recuaremos", escreveu Parnell na rede social X.

Já a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, disse que os funcionários "recentemente despedidos continuam a deturpar a verdade para acalmar os seus egos destruídos e minar a agenda do presidente".

Do lado da oposição, os legisladores democratas reforçam que Hegseth não pode continuar no cargo.

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