A Rússia devolveu esta quinta-feira, 23 de outubro, à Ucrânia 1.000 corpos que disse serem de soldados mortos em combate, anunciou a administração ucraniana responsável pelos prisioneiros de guerra.“As operações de repatriamento ocorreram hoje”, disse o organismo, que saudou a ajuda prestada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR), segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).Os corpos, “segundo a parte russa, pertencem a militares ucranianos”, referiu a mesma fonte num comunicado citado pela agência oficial Ukrinform.Médicos legistas e investigadores “irão em breve realizar todos os exames necessários e a identificação dos corpos repatriados”, sob a autoridade da justiça ucraniana, acrescentou.A Ucrânia anunciou em meados de setembro que tinha recuperado milhares de corpos de soldados, tal como em julho e agosto, um sinal do intensificar dos combates ao longo da linha da frente no leste do país.Moscovo e Kiev trocaram 185 prisioneiros de guerra de cada lado no início de outubro.As trocas de restos mortais de militares e de prisioneiros de guerra constituem os únicos resultados das negociações entre os dois países, mais de três anos e meio após o início da invasão russa da Ucrânia.O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em fevereiro a uma estação de televisão norte-americana que a Ucrânia já tinha perdido mais de 46.000 soldados.Dezenas de milhares de outros soldados ucranianos estavam dados como desaparecidos ou estavam detidos como prisioneiros pelas forças russas, segundo Zelensky.A estação britânica BBC e o jornal independente russo Mediazona, que se baseiam em dados de acesso livre, registaram mais de 135.000 soldados russos mortos em três anos e meio, mas admitem que o número real deverá ser mais elevado.Também se desconhece o número de vítimas civis nos dois países vizinhos desde o início da guerra em fevereiro de 2022..Costa promete a Zelensky decisão para apoio financeiro nos próximos dois anos.UE adota mais um pacote de sanções à Rússia