Roterdão evita desmantelamento de ponte histórica para iate de Jeff Bezos poder passar

A ponte histórica, de 1878, e que teve que ser reparada após ser bombardeada em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial, é muito baixa para permitir a passagem do barco do bilionário americano

Afinal, a ponte histórica De Hef, na cidade de Roterdão, já não vai ser desmantelada para permitir a passagem do gigantesco iate construído para o fundador da Amazon, o magnata Jeff Bezos.

Após meses de discussões e críticas, a Oceanco, empresa que constrói o navio, decidiu abster-se, por enquanto, de solicitar a licença municipal para que o navio possa chegar ao mar através do desmantelamento temporário da ponte, construída em 1927 e considerada um símbolo do património industrial da cidade holandesa e um monumento nacional.

A ponte histórica, de 1878, e que teve que ser reparada após ser bombardeada em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial, é muito baixa para permitir a passagem do barco do bilionário americano, um iate de luxo avaliado em 486 milhões de dólares, com 127 metros de comprimento e três mastros.

Por ser a única passagem para o mar, uma vez que o iate estava a ser construído em Alblasserdam, perto de Roterdão, o estaleiro pediu que se desmontasse temporariamente a parte central da ponte para que a embarcação pudesse passar, mas devido a este recuo não está claro se a construção do navio será concluída noutro local nem se o iate chegará ao mar aberto.

A Oceanco informou que, de momento, não solicitará a permissão porque teme a reação do público, devido ao facto de que houve um mal-entendido sobre se um monumento como este poderia ser desmontado", explicou ao El País o diretor do diário marítimo Schuttevaer, René Quist.

O município de Roterdão até tinha concordado em desmontar a ponte, apesar de ter prometido, após uma grande reforma em 2017, que a estrutura nunca mais seria tocada.

No entanto, uma campanha de revolta nas redes sociais levou os moradores de Roterdão a ameaçar atirar ovos para o navio se ele passar no local onde está a ponte. Paralelamente, foi levada a cabo uma petição online com quase 50 mil assinaturas.

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