Grande explosão em Beirute após ataque aéreo de Isarel.
Grande explosão em Beirute após ataque aéreo de Isarel.

'Rockets' lançados pelo Hezbollah fazem seis feridos em Haifa e Tiberíades

Há cerca de duas semanas que a Força aérea israelita bombardeia os subúrbios do sul de Beirute, que têm sido esvaziados de habitantes. Em Gaza também continuam os ataques de Israel.
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Cinco pessoas ficaram feridas na noite desta quinta-feira por estilhaços de rockets lançados pelo Hezbollah desde o Líbano contra Haifa, a maior cidade do norte de Israel. Nenhum dos feridos está em estado grave. 

Os rockets também caíram em Tiberíades, havendo registo de pelo menos um ferido grave, um jovem de 22 anos. Segundo o autarca local, Yossi Neveah, citado pelo Ynet.news, sete rockets foram lançados contra a cidade, mas só seis foram intercetados pelo sistema de defesa. 

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) estão a investigar o que falhou para os rockets em Haifa não terem sido intercetados, de acordo com o jornal The Times of Israel.

O Hezbollah alega que o seu alvo era uma base militar próximo da cidade, tendo lançado uma série de rockets Fadi 1, de acordo com um comunicado citado pela AFP. 

O ataque surge depois de novos bombardeamentos israelitas em Beirute, com as IDF a dizer que atingiram armazens de armas do Hezbollah. 

Macron reafirmou este domingo ao primeiro-ministro israelita "o compromisso indefetível" da França com a segurança de Israel, mas insistiu na urgência de um cessar-fogo em Gaza e no Líbano, anunciou o Eliseu.

Esta posição foi manifestada numa conversa telefónica com Benjamin Netanyahu, na véspera do primeiro aniversário "da ofensiva terrorista do Hamas contra Israel" e Macron "manifestou a solidariedade do povo francês com o povo israelita", indicou a presidência francesa.

Macron expressou também "a sua convicção de que chegou a hora de um cessar-fogo".

As declarações surgem um dia depois de Macron ter defendido que deve parar o fornecimento a Israel de armas que possam ser usadas na guerra em Gaza, o que suscitou a ira de Netanyahu.

A Organização de Aviação Civil do Irão anunciou hoje a suspensão dos voos nos aeroportos do país até segunda-feira de manhã devido a "restrições operacionais", segundo a agência noticiosa oficial Irna.

A decisão de suspender os voos surge num contexto de tensão sobre uma possível retaliação de Israel aos ataques iranianos de terça-feira contra o Estado judaico.

"Devido a constrangimentos operacionais, os voos em alguns dos aeroportos do país serão cancelados a partir das 21:00 desta noite (17:30 GMT) de domingo, 06 de outubro, até às 06:00 (02:30 GMT) de amanhã, 07 de outubro", disse Jafar Yazarloo, porta-voz da Organização da Aviação Civil Iraniana, citado pela Irna.

O Irão já tinha declarado a suspensão de todos os voos na noite de terça-feira até às 10:00 (06:30 em Lisboa) de quarta-feira, uma medida que foi depois prolongada até às 05:00 (01:30 em Lisboa) de quinta-feira, altura em que foram então retomadas as ligações aéreas.

As autoridades iranianas esperavam que Israel respondesse ao ataque de 200 mísseis balísticos e que foi declarado por Teerão como "resposta aos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrala, e de um general iraniano".

Na sequência do ataque, Israel afirmou que vai retaliar, ao que o Irão afirmou que vai ripostar "com mais força".

O exército israelita anunciou hoje que foram disparados foguetes da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel, na véspera do primeiro aniversário do ataque do Hamas contra Israel que desencadeou nova guerra no território palestiniano.

"Na sequência dos alertas desencadeados há pouco tempo nas zonas a oeste de Lakish e nos arredores de Gaza, foram detetados vários disparos provenientes do norte da Faixa de Gaza", disse um porta-voz do exército citado pela agência de notícias Agence France-Presse (AFP).

Segundo a mesma fonte, "um projétil foi intercetado, enquanto os outros caíram em terreno aberto".

A autoria do ataque foi reivindicada pelas Brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado da Jihad Islâmica, que é um outro grupo armado palestiniano ativo na Faixa de Gaza.

A AFP avança que as brigadas admitem ter lançado "uma barragem de rockets" contra Ashkelon "e os colonatos que rodeiam Gaza".

O movimento pró-iraniano Hezbollah anunciou hoje ter lançado drones explosivos contra uma base militar israelita perto de Haifa, no norte do país.

Em comunicado, o movimento islamita declarou que os seus combatentes lançaram "um esquadrão de drones explosivos na base de manutenção e reabilitação a sul de Haifa", a maior cidade do norte de Israel.

Israel lançou há cerca de três semanas uma ofensiva contra posições do Hezbollah no Líbano, com sucessivos bombardeamentos, em particular no sul e na região de Beirute, a capital libanesa.

Na noite passada, os arredores da cidade voltaram a ser alvo de violentos bombardeamentos, com o exército israelita a indicar que visou depósitos de armamento do Hezbollah.

Desde o início da ofensiva no Líbano, já foram mortas quase 2.000 pessoas e 1,2 milhões foram obrigadas a abandonar as suas casas.

Cerca de 500 mil estudantes libaneses foram deslocados devido aos ataques do exército israelita que tinha como alvo alvos o Hezbollah, disse hoje um alto funcionário do Ministério da Educação libanês.

Em declarações à agência de notícias AFP, o responsável apontou que centenas de estudantes estão a ser deslocadas.

"Há 1,25 milhões de estudantes nas escolas libanesas e 40% deles foram deslocados", disse o Diretor Geral de Educação, Imad Achkar.

O responsável responsabilizou Israel pelos bombardeios que destruíram estradas.

No Líbano, as forças israelitas intensificaram os ataques nas últimas semanas, com bombardeamentos quase constantes, incluindo em Beirute, causando a morte a cerca de duas mil pessoas, segundo o governo libanês.

Os ataques aéreos de Israel atingiram os subúrbios no sul de Beirute durante a noite de sábado e na manhã deste domingo, naquele que foi o bombardeamento mais intenso contra a capital libanesa desde a escalada da campanha de Israel contra o Hezbollah, em setembro.

Durante a noite, as explosões provocaram estrondos em Beirute e provocaram flashes vermelhos e brancos durante quase 30 minutos, visíveis a vários quilómetros de distância, como se pode ver neste vídeo que comprova a violência dos ataques.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, ameaçou este domingo o Irão com ataques semelhantes aos realizados "em Gaza e Beirute", segundo um comunicado do seu gabinete, no dia em que o primeiro-ministro visitou tropas na fronteira com o Líbano.

"Os iranianos não atingiram as capacidades da força aérea. Nenhum avião foi danificado, nenhum esquadrão foi posto fora de ação", disse Yoav Gallant, a partir da base aérea de Nevatim, alvo do recente ataque de mísseis iranianos contra Israel.

Numa alusão ao ataque do Irão de terça-feira, o ministro da Defesa de Israel frisou que essas ações não vão dissuadir os israelitas.

 "Quem pensa que uma simples tentativa de nos prejudicar nos dissuadiria de agir, deveria olhar para os nossos sucessos em Gaza e Beirute", avisou o governante.

Israel já adiantou estar a preparar a sua resposta ao ataque, que aumentou a troca de ameaças de represálias entre os dois países.

Segundo uma nota do seu gabinete, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, visitou hoje as tropas na fronteira com o Líbano.

Netanyahu "visitou hoje a base da 36.ª divisão na zona fronteiriça libanesa", é referido no comunicado, quase uma semana depois de o exército israelita ter lançado operações terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano.

Israel tem feito desde 23 de setembro bombardeamentos massivos contra o movimento criado e financiado pelo Irão.

O Papa Francisco apelou este domingo à comunidade internacional para que "pare a espiral de vingança e não se repitam" ataques no Médio Oriente que "podem precipitar aquela região numa guerra ainda maior".

Na véspera do primeiro aniversário do ataque da Hamas contra Israel, que veio intensificar o conflito entre os dois povos, o papa lembrou que "ainda há muitos reféns em Gaza, para os quais peço a libertação imediata".

Da janela do Palácio Apostólico, Francisco lamentou o facto de o Médio Oriente ter "caído num sofrimento cada vez maior com operações militares destrutivas que continuam a atingir" os palestinianos, lembrando que esta "população está a sofrer muito em Gaza e nos outros territórios, sendo na sua maioria civis inocentes".

Francisco apelou a "um cessar-fogo imediato em todas as frentes", incluindo no Líbano, recentemente invadido por Israel na sua guerra contra as milícias do Hezbollah, avança a agência de notícias espanhola EFE.

"Todas as nações têm o direito de existir em paz e segurança e os seus territórios não devem ser atacados ou invadidos. A soberania deve ser respeitada e garantida pelo diálogo e pela paz e não pelo ódio e pela guerra", disse.

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados palestiniano saudou hoje as recentes declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, que pediu o fim do envio de armas para Israel e a busca de soluções políticas para acabar o conflito na região.

No mesmo sentido, o Egito e a Jordânia expressaram hoje o apoio ao pedido de Macron de suspender a exportação de armas para Israel, diante das "graves violações do direito internacional" cometidas pelo Exército israelita na Faixa de Gaza e no Líbano.

"Os comentários do Presidente Macron estão em conformidade com o direito internacional e as resoluções da ONU, apoiando a solução de dois Estados e os princípios dos direitos humanos", afirmou o ministério palestiniano.

O ministério palestiniano, na declaração, instou aqueles que "fornecem equipamento militar a Israel" a assumirem a responsabilidade por permitirem "crimes e violações contra a população palestiniana".

"Apelo aos Estados Partes no Tratado sobre o Comércio de Armas para que actuem de forma decisiva para impedir que Israel utilize armas militares para cometer graves violações do direito internacional humanitário e dos direitos humanos contra civis palestinianos", acrescentou.

O ministro libanês da Educação anunciou hoje que 1,25 milhões de crianças, desde o infantário ao liceu, vão iniciar o novo ano escolar apenas no dia 04 de novembro, devido à guerra entre Israel e o Hezbollah.

"O Ministério não quer e não pode assumir a responsabilidade pelo perigo que ameaça" os alunos e os professores, "razão pela qual o novo ano letivo terá início em 04 de novembro" e não em outubro, declarou Abbas al-Halabi, numa conferência de imprensa.

O Exército israelita lançou hoje uma nova incursão em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, após ter detetado "terroristas e infraestruturas na zona", bem como os esforços do Hamas "para reconstruir as suas capacidades operacionais", informou em comunicado.

"Antes e durante a operação, o Exército atacou dezenas de alvos militares para ajudar as tropas terrestres. Entre os alvos atacados encontram-se instalações de armazenamento de armas, locais de infraestruturas subterrâneas e outros locais de infraestruturas militares", acrescenta o texto.

Jabalia foi um dos primeiros locais que o Exército israelita atacou intensamente no início da guerra, há um ano, tanto por terra como pelo ar, obrigando à deslocação de milhares de pessoas.

No final do passado mês de maio, as tropas retiraram-se parcialmente desta zona, após vinte dias consecutivos de operações que se concentraram no já sitiado campo de refugiados de Jabalia, o maior de Gaza.

Uma hora antes desta invasão, o Exército anunciou a expansão da zona humanitária de Al Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, tendo em vista novas evacuações planeadas a partir do norte.

Israel também publicou mapas para os civis palestinianos, indicando as possíveis áreas de evacuação no norte de Gaza, incluindo "áreas de bloqueio" correspondentes a bairros e regiões.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou hoje para que o mundo "pressione Israel" a "comprometer-se com um cessar-fogo", após uma noite de intensos bombardeamentos israelitas nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah.

Um novo ataque israelita teve como alvo os subúrbios do sul de Beirute hoje de manhã, algumas horas depois de ataques noturnos extremamente violentos contra este bastião do Hezbollah, informou a agência noticiosa oficial libanesa ANI.

Os correspondentes da AFP ouviram uma enorme explosão e viram colunas de fumo a subir dos subúrbios do sul.

Na sua declaração, Mikati elogiou também o Presidente francês, Emmanuel Macron, por "mais uma vez apoiar o Líbano" ao mencionar uma próxima cimeira internacional, reiterando o "apoio ao apelo da França e dos Estados Unidos" para uma trégua.

Há cerca de duas semanas que a Força aérea israelita bombardeia os subúrbios do sul, que têm sido esvaziados de habitantes.

Pelo menos 15 pessoas morreram e "muitas outras" ficaram feridas devido aos bombardeamentos levados a cabo pelo Exército de Israel esta madrugada no norte da Faixa de Gaza, disse uma agência de notícias palestiniana.
Fontes locais confirmaram à WAFA que dez pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita contra uma casa na zona de Jabalia, no norte do enclave. As equipas de emergência transferiram os corpos para o Hospital Kamal Adwan.
Vários feridos foram também levados para este hospital, depois de aviões do exército israelita terem bombardeado uma residência perto da clínica da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA). Este ataque resultou também em duas mortes.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) bombardearam uma casa no bairro de Bir al Najja, no oeste de Jabalia, matando três palestinianos e ferindo "muitos outros", de acordo com a WAFA.
Outras fontes indicaram que o exército israelita atacou ainda um camião de distribuição de água, também em Jabalia, embora até ao momento não se saiba se houve vítimas.
Horas antes, as autoridades médicas palestinianas afirmaram que pelo menos cinco pessoas foram mortas e outras 20 ficaram feridas num novo bombardeamento israelita em Deir al-Balah, uma zona central da Faixa de Gaza.
As IDF confirmaram um ataque que descreveram como cirúrgico contra "terroristas do Hamas que operam dentro de um centro de comando e controlo incorporado numa estrutura que tinha serviu de mesquita 'Shuhada al-Aqsa', na zona de Deir al Balah".
As FDI acrescentaram que estes "centros de comando" são utilizados pelo movimento islamita palestiniano para "planear e executar ataques terroristas contra as tropas do Estado de Israel".
Da mesma forma, as forças israelitas alegaram ter tomado "medidas para mitigar o risco de ferir civis, com o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais de inteligência".
O ministério da Saúde do Governo do Hamas, no poder na Faixa de Gaza, anunciou no sábado um novo balanço de quase 42 mil mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase um ano.
Pelo menos 23 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, indicou em comunicado, acrescentando que 96.910 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023.

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