O presidente da Argentina, o liberal Javier Milei, acusou a ONU de impor uma agenda “socialista” aos seus membros e apelou, num discurso inflamado, aos países para que aderissem a uma “agenda de liberdade”..Em estreia na assembleia geral da ONU, em Nova Iorque, Milei consolidou o seu estatuto de provocador político amado pela extrema direita. No seu discurso concentrou-se no “Pacto para o Futuro” de 42 páginas adotado pela ONU, que inclui pontos que promovem a ação climática, a igualdade de género e a regulação da inteligência artificial. .“A Argentina não apoiará qualquer política que implique a restrição das liberdades individuais ou do comércio, nem a violação dos direitos naturais dos indivíduos”, afirmou, citado pelo Financial Times. “Convidamos todas as nações do mundo livre a juntarem-se a nós, não apenas na oposição a este pacto, mas na criação de uma nova agenda para esta nobre instituição: a agenda da liberdade”, acrescentou..Milei disse ainda que a anterior agenda de desenvolvimento sustentável da ONU para 2030 era “um programa supranacional de natureza socialista” e acusou a ONU de se tornar um “Leviatã multi-tentáculos que procura decidir o que cada estado-membro deve fazer e como os cidadãos do mundo devem viver”..“Estou aqui para vos avisar que estamos no fim de um ciclo. O coletivismo e a postura moral da agenda concertada colidiram com a realidade”, vincou Milei, que se considera “um dos políticos mais relevantes do planeta Terra”, a par de Donald Trump.