PGR do Brasil vai investigar Bolsonaro em Caso Covaxin
A Procuradoria-Geral da República do Brasil (PGR) pediu nesta sexta-feira (dia 2) a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação - ter conhecimento de um crime e não o denunciar - no caso da negociação da vacina indiana Covaxin.
A PGR havia pedido inicialmente para aguardar as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga eventual negligência do governo no combate à pandemia para evitar um conflito nas apurações mas agora afirma que é preciso esclarecer as circunstâncias do eventual aviso que teria sido dado ao presidente para ver se de facto estaria configurado o crime de prevaricação
Outra questão levantada é sobre se há indícios de que o delito teria sido cometido para satisfazer interesse próprio.
O Caso Covaxin partiu de uma denúncia, em março, de um funcionário do ministério da Saúde de que estaria a sofrer pressão incomum para fazer aprovar a compra da Covaxin, a preço sobrefaturado e em tempo recorde.
Alertou então o seu irmão, um deputado federal bolsonarista, e ambos marcaram reunião com o presidente. Lá, Bolsonaro teria dito que o caso seria um "rolo" (esquema) de um deputado seu aliado, Ricardo Barros, e prometeu investigar. Mas não o fez. O Ministério Público quis ouvir então o funcionário público, o caso chegou à imprensa e depois à CPI.