Papa recebe “milhares” de cartas todos os dias, revelam os correios italianos

O Papa Francisco está a receber “milhares” de cartas oriundas de todo o mundo todos os dias, enquanto vai recuperando lentamente de uma pneumonia em ambos os pulmões que o levou a ser internado a 14 de fevereiro.

De acordo com um comunicado dos correios italianos, os fiéis e simpatizantes do sumo pontífice têm inundado o serviço postal romano com cartas “desde o início do seu internamento até hoje”.

Esse “fluxo” de correspondência é particularmente visível no centro de triagem de Fiumicino, onde fica o principal aeroporto de Roma, que recebe “até 150 quilos de correspondência por dia”.

"Nos últimos dias, o fluxo de cartas e mensagens endereçadas ao Papa Francisco tem sido particularmente intenso", disseram os correios em comunicado.

Embora não esteja já em estado crítico, o Papa ainda recebe assistência respiratória, por cânulas nasais durante o dia e máscara de oxigénio à noite.

De acordo com o último boletim médico, divulgado na noite de quarta-feira, o estado de saúde do Papa "permanece estável" e "uma radiografia de tórax confirmou as melhoras".

Na noite de quinta-feira, a sala de imprensa do Vaticano informou que o Papa manteve a fisioterapia respiratória durante o dia, referindo que lhe foi oferecido um bolo para celebrar os seus 12 anos de papado.

Era suposto que um novo boletim médico fosse divulgado esta sexta-feira à noite, mas foi cancelado “porque os médicos acreditam que a situação é estável e não há novos desenvolvimentos”.

Francisco foi internado a 14 de fevereiro devido a uma bronquite, tendo depois lhe sido diagnosticada uma pneumonia em ambos os pulmões.

Esta hospitalização, a quarta e mais longa desde sua eleição, em 13 de março de 2013, representa um sério revés no ritmo frenético que o jesuíta argentino impôs a si mesmo até agora, apesar das advertências de quem o acompanha.

Segundo os médicos, a recuperação de um problema de saúde como o do Papa leva semanas a recuperar, mas pode demorar mais tempo no caso do pontífice, que teve o lobo superior do pulmão direito removido aos 21 anos e passou por uma série de problemas de saúde nos últimos anos, incluindo duas operações sob anestesia geral e repetidas infeções respiratórias.