Onze dos 66 portugueses retidos no Peru já regressaram

Governo garante que está a "acompanhar, caso a caso, esta situação", e continua a "desenvolver todos os esforços para encontrar soluções" para o regresso dos restantes portugueses

Onze dos 66 portugueses que se encontravam retidos no Peru já deixaram este país, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que prometeu "encontrar soluções" para os restantes 55.

Num comunicado enviado à Lusa, a diplomacia portuguesa disse que os aeroportos de Cusco e Lima já estão a funcionar, depois de terem ficado bloqueados devido à crise política no Peru, o que reteve contra a sua vontade muitos estrangeiros naquele país, incluindo 66 portugueses (inicialmente, o Ministério tinha anunciado apenas cerca de 40 casos).

O Governo português garantiu que está a "acompanhar, caso a caso, esta situação", e continua a "desenvolver todos os esforços para encontrar soluções" para o regresso dos portugueses, apesar de um grupo de sete jovens se ter queixado de que a Embaixada apenas os tem contactado, sem lhes ter apresentado propostas concretas para o seu regresso.

Esse grupo já conseguiu fazer o check-in para o voo de regresso na segunda-feira, mas ainda não têm nenhuma garantia de que se realize e denunciam alguma inoperância do Governo português. "Há seis ou sete dias que estão em contacto direto connosco, mas nunca houve até agora uma única medida concreta para resolver o problema. Nem uma", desabafou Francisco Rodrigo dos Santos, queixando-se que da parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português apenas têm ouvido "palavras politicamente corretas".

O Peru vive uma crise política e social desde que o Congresso demitiu o presidente Pedro Castillo, a 07 de dezembro, depois de anunciar o encerramento do parlamento peruano e a formação de um executivo de emergência, no qual governaria por decreto, o que foi interpretado como uma tentativa de golpe de Estado.

A até então vice-presidente, Dina Boluarte, formou um Governo, mas os peruanos também responderam com protestos e manifestações que já fizeram 23 mortos e levaram ao encerramento de aeroportos.

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