Novo pacote de ajuda dos EUA à Ucrânia inclui mísseis de maior alcance
Trata-se das Bombas de Pequeno Tamanho Lançadas do Solo (GLSDB, na sigla em inglês), mísseis de pequeno diâmetro fabricados pela Boeing e pela Saab, que podem voar por até 150 km e, por isso, ameaçar as posições russas.
Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de 2.175 milhões de dólares (cerca de dois mil milhões de euros), com defesas antiaéreas e mísseis antitanque Javelin.
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O porta-voz do Pentágono Pat Ryder explicou que este pacote de ajuda também inclui munições e rockets de longo alcance para os Sistemas de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS) fornecidos à Ucrânia por Washington.
O novo pacote de ajuda militar inclui mísseis que podem aumentar o alcance da força de ataque ucraniana contra os russos.
Trata-se das Bombas de Pequeno Tamanho Lançadas do Solo (GLSDB, na sigla em inglês), mísseis de pequeno diâmetro fabricados pela Boeing e pela Saab, que podem voar por até 150 km e, por isso, ameaçar as posições russas.
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"Isto oferece uma capacidade de maior alcance [...] que permitirá [aos ucranianos] realizar operações em defesa do seu país e recuperar o seu território soberano", afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.
A Ucrânia pedia aos Estados Unidos munições que pudessem voar mais longe que os foguetes HIMARS, que têm alcance de 80 quilómetros. As GLSDB proporcionam à Ucrânia a capacidade de atacar posições na região do Donbass, nas províncias de Zaporizhzhia e Kherson, e no norte da Crimeia. Isso poderia representar uma ameaça às principais linhas de abastecimento russas, aos depósitos de armas e às bases aéreas. Ryder disse que não sabe como a Ucrânia vai usar essas armas.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os EUA já forneceram cerca de 27 mil milhões de euros em ajuda militar a Kiev, sendo o país que mais ajudou a resistir à invasão russa.
Nas últimas semanas, Washington anunciou o envio de 31 carros blindados Abrams para Kiev, depois de os aliados ocidentais - como Alemanha, Reino Unido e Espanha -- terem anunciado idênticas medidas.
Os EUA também anunciaram o fornecimento de baterias antimísseis Patriot.
No caso dos tanques de guerra Abrams, os EUA irão treinar os militares ucranianos no seu uso, num país terceiro, bem como na utilização das baterias Patriot, neste caso em solo norte-americano, no estado de Oklahoma.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.