O Trieste, o maior navio de guerra italiano construído depois da Segunda Guerra Mundial, chega esta quinta-feira a Lisboa, e pode ser visitado sábado, 2 de agosto, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00. Segundo informação da Embaixada de Itália, o Trieste estará ancorado no rio Tejo, no Terminal de Cruzeiros de Santa Apolónia. Inicialmente, tinha sido anunciado que haveria visitas já a partir desta quinta-feira às 17.00, mas por "motivos operacionais" não foi possível. Também os horários inicialmente previstos para visitas na sexta-feira foram cancelados, apurou o DN.Navio anfíbio multiusos, também definido como sendo um porta-helicópteros, o Trieste está atualmente a fazer uma ação de formação de cadetes, em complemento do navio escola Amerigo Vespucci, que se encontra no estaleiro para trabalhos de manutenção. Numa primeira fase, os cadetes receberam formação no belíssimo veleiro que tem o nome do italiano que deu nome ao continente americano, conhecido em português como Américo Vespúcio..Lançado ao mar em 2019, o Trieste foi construído pela FINCANTIERI e pela LEONARDO no estaleiro naval de Castellammare di Stabia, e finalizado no estaleiro naval de Muggiano. Entrou ao serviço da Marinha Italiana em finais de 2024, numa cerimónia onde compareceu o presidente da República Italiana, Sergio Mattarella. Formalmente chamado ITS Trieste, o porta-helicópteros foi batizado com o nome de uma histórica cidade costeira italiana, situada no mar Adriático, e está preparado para múltiplas funções, tanto de combate como de apoio humanitário..A tradição naval italiana remonta no mínimo ao Império Romano, mas sobretudo Veneza e Génova sobressaíram durante séculos como grandes potências marítimas, ainda antes da unificação italiana do século XIX. Cristóvão Colombo, o genovês que descobriu a América ao serviço de Espanha em 1492, é o grande navegador de origem italiana, mas há muitos mais. Alguns, como o próprio Vespúcio, um florentino, chegaram a trabalhar para a Coroa Portuguesa na época dos Descobrimentos. E a Marinha Portuguesa, que já tem mais de 700 anos, foi fundada pelo italiano Manuel Pessanha (Emanuele Passagno, provavelmente), um genovês.Notícia atualizada às 16.00 de quinta-feira, 31 de julho, com informação da Embaixada de Itália sobre os novos horários de visita.