"Não financiei Putin nem sou oligarca." Leivikov responde a Mortágua
As "falsas acusações proferidas por Mariana Mortágua" serão "discutidas em tribunal", mas desde já Markos Leivikov faz questão de repor a verdade, fazendo publicar no Esquerda.net um Direito de Resposta que desfaz argumentos e afirmações da deputada do BE. Começando por rejeitar ser "oligarca russo" e "produto do governo de Putin", Leivikov frisa que mesmo quando teve negócios na Rússia nunca se envolveu politicamente ou financiou "qualquer partido" ou teve "qualquer associação política com pessoas próximas do regime de Putin".
O empresário relata ter "fundado a Flugraph em 2008 para investir em Portugal e esse investimento vem sendo feito desde então", tendo apenas conhecido Marco Galinha (CEO do GMG, dono do DN), de quem é sogro, em 2020. "Se a deputada Mortágua tivesse investigado, como diz que fez, saberia que o Sr. Sergei Veinstein fazia parte do partido de oposição a Putin e não era próximo deste", refere Leivikov, negando também ter alguma vez sido "parceiro do governador Boris Dubrosky ou do seu filho Alexander" que diz nem conhecer.
"Sobre o Sr. Karamanov não impendem quaisquer acusações ou investigações criminais. O mesmo foi ilibado da prática de qualquer facto ilícito, como comprovado por despacho das autoridades competentes", acrescenta, tornando a frisar que nunca financiou "Vladimir Putin ou qualquer instituição política" e nunca ter tido sociedade com Maria Sechina.
"As investigações sobre a empresa de energia referem-se aos adquirentes das ações da sociedade em 2016, e a período em que já não era acionista da mesma, existindo provas oficiais da minha total inocência. A minha atividade empresarial tem mais de 35 anos e nunca teve qualquer envolvimento político", refere ainda.
Entre outras declarações, Markos Leivikov esclarece ainda ser "sócio de empresas portuguesas há mais de 15 anos" e aqui ter criado emprego e apoiado "causas sociais e culturais, patrocinando artistas e organizando exposições, festivais, concertos em Portugal, Áustria, França, Japão e Inglaterra. Suporto artistas portugueses há muitos anos, tal como o revela, entre muitas ações de mecenato, o Festival 'Tradição e Modernidade', realizado em Lisboa em 2014 e 2015", elenca.
Descrevendo-se como "patrono da cultura e de associações humanitárias e de caridade, defensor dos direitos humanos e da dignidade da pessoa humana", Leivikov lembra mesmo ter-lhe sido atribuída a medalha da Unesco com a medalha "Dialogue of Cultures".
"Sempre me manifestei contra qualquer guerra e, tendo raízes familiares em Kharkiv, o artigo não só afeta o meu bom nome e reputação, mas causa-me dor e sofrimento pelas insinuações que são feitas a meu propósito. Durante toda a minha vida, sempre procurei demonstrar que a melhor "arma" dos povos é a cultura. Uma cultura de comunicação entre pessoas, nações e países. Uma cultura de integração, interação e amizade a todos os níveis", diz ainda, revelando que, ainda que seja sogro de Marco Galinha, não tem "qualquer sociedade com o mesmo em negócios de media" e rejeitando "qualquer tentativa de manipulação, aproveitamento político e exposição pública deturpada das relações" com o genro.
Leivikov questiona ainda "o motivo pelo qual a reportagem foi publicada agora nestes tempos difíceis para a Ucrânia, Rússia, Europa e todo o mundo: Será porque há pessoas que se querem autopromover, incitar à discriminação étnica para apenas perseguir os seus objetivos egoístas?"
Antes de lembrar que os fins não justificam os meios e que a verdade vem sempre ao de cima, o empresário pede ainda foco no que verdadeiramente importa no momento de conflito que vivemos: "Hoje, importa decidir quem realmente quer prosperidade e paz para as nossas crianças. Importa distinguir o certo do errado, o bom do mau, amigos e inimigos, guerra e paz."