Mais de metade de Tuvalu poderá ficar submerso em 2050. "Será um grande desastre"
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Mais de metade de Tuvalu poderá ficar submerso em 2050. "Será um grande desastre"

Ao abrigo de um tratado com Camberra para fazer face ao problema, os primeiros tuvaluanos (cerca de 300) vão poder candidatar-se a viver na Austrália.
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O primeiro-ministro de Tuvalu, um pequeno Estado insular do Pacífico, alertou hoje que, devido à subida do mar, mais de metade do território poderá estar submerso em 2050 e pediu financiamento para o programa de adaptação costeira.

Feleti Teo está em Nice, França, a participar na Conferência das Nações Unidos sobre o Oceano (UNOC3) e disse em conferência de imprensa que “o aumento do nível da água do mar é a grande ameaça para Tuvalu”.

“Em 2050, 60% de Tuvalu estará coberto pelo mar, será um grande desastre. Ponham-se na minha situação”, alertou.

“O nosso território está comprometido, não temos opção, não há montanhas para onde nos possamos mover”, afirmou, referindo que o país está a sentir o efeito das alterações climáticas que provocam a subida do nível da água do mar.

Ao abrigo de um tratado com Camberra para fazer face ao problema, os primeiros tuvaluanos (cerca de 300) vão poder candidatar-se a viver na Austrália, recordou.

O pequeno país é constituído por nove ilhas de coral e tem 11.000 habitantes.

Feleti Teo disse ainda que sempre que tem oportunidade “pede financiamento para se poder adaptar e ter mais tempo” para lidar com o problema, tendo iniciado um programa de adaptação costeira que consiste em mover areia para o interior da ilha.

“O problema é que não tem havido financiamento, apenas quatro milhões de dólares (3,45 milhões de euros)”, disse.

Alertou ainda aos países presentes na UNOC3 para a necessidade de “cortar as emissões que provocam as alterações climáticas”.

“Espero que nos oiçam. Como pequeno país não temos essa influência, mas precisamos de manter a pressão para continuar a contar a nossa história”, disse.

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