Devin Nunes.
Devin Nunes.FOTO: Diana Quintela / Global Imagens

Lusodescendente Devin Nunes vai presidir ao conselho consultivo de informações de Trump

O californiano ganhou notoriedade por ser um acérrimo defensor de Donald Trump na Comissão dos Serviços de Informações da Câmara dos Representantes, sendo considerado um dos seus homens de confiança.
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O presidente executivo (CEO) da empresa Trump Media & Technology Group (TMTG), da rede social Truth Social, o lusodescendente Devin Nunes, de 51 anos, vai presidir ao conselho consultivo de informações do futuro presidente dos Estados Unidos. O anúncio foi feito por Donald Trump.

“Devin vai aproveitar a sua experiência como ex-presidente da Comissão dos Serviços de Informações da Câmara dos Representantes, e o seu papel fundamental na exposição do embuste Rússia, Rússia, Rússia, para me fornecer avaliações independentes da eficácia e propriedade das atividades da comunidade de serviços de informações dos EUA”, escreveu o presidente eleito. Trump disse ainda que Nunes vai manter-se em funções na sua empresa.

Devin Nunes nasceu em 1973, em Tulare (Califórnia), no seio de uma família de origem açoriana dona de um negócio de laticínios. Eleito congressista pelo Partido Republicano em 2002, aos 29 anos, foi sucessivamente reeleito durante as décadas seguintes, entrando em 2011 para a Comissão dos Serviços de Informações, que acompanha os assuntos relacionados com os serviços secretos.

Em 2015 tornou-se presidente deste comité e, em 2018, acusou o FBI de ter conspirado contra Trump quando a agência investigou a interferência russa nas eleições de 2016. Na altura, Devin Nunes foi acusado pelos democratas de ser parte interessada no assunto que estava a investigar: registos telefónicos comprovariam ter estado em contacto com o advogado de Trump, Rudolph Giuliani, e o seu associado Lev Parnas, quando estes estavam a tentar obter informações prejudiciais sobre Joe Biden na Ucrânia. Por seu turno, Trump concedeu-lhe em 2021 a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais elevada condecoração civil dos Estados Unidos. E, no ano seguinte, escolheu-o para liderar a sua rede Truth Social. 

Segundo o Los Angeles Times, entre 2019 e 2023, o republicano intentou 11 processos de difamação, contra contas de paródia no Twitter (atual X) e contra o próprio Twitter, exigindo indemnizações de centenas de milhões de dólares por notícias publicadas por meios como o The Washington Post ou a CNN. Em todos os casos, a justiça norte-americana não lhe deu razão, exceto num (relativo a um comentário de Rachel Maddow,  da MSNBC),  que se mantém em litígio. 

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