Biden notificou os cidadãos da sua decisão através de uma carta, uma medida surpreendente que veio alterar a corrida para a Casa Branca em novembro. O presidente norte-americano apoiou a vice-presidente Kamala Harris como a nova candidata do Partido Democrata..Zelensky agradece "apoio inabalável à Ucrânia".O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao Presidente do Estados Unidos, Joe Biden, pelo "apoio inabalável à Ucrânia na luta pela liberdade", e considerou a desistência da corrida presidencial como uma "dura decisão".."Iremos sempre estar agradecidos pela liderança do presidente Biden. Ele apoiou-nos no momento mais dramático da História, apoiou-nos a evitar que Putin [presidente da Rússia] ocupasse o nosso país", escreveu Zelensky na rede social X..Para o presidente ucraniano, a atual situação na Ucrânia e em toda a Europa também é desafiante, e Zelensky diz esperar que "a América continue a ter uma liderança forte que impeça o mal russo de triunfar e de dar frutos"..O Kremlin (presidência russa) reagiu ao anúncio de Joe Biden referindo faltarem quatro meses para as eleições, o que é "um longo período durante o qual muita coisa pode mudar".."Precisamos de estar atentos, de seguir o que vai acontecer", indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov ao site Life.ru..Borrell deseja "todo o sucesso" a substituto de Biden.O chefe da diplomacia europeia desejou esta segunda-feira "todo o sucesso" para o substituto de Joe Biden nas eleições presidenciais norte-americanas e admitiu alterações nas relações transatlânticas mediante a vitória de um ou outro candidato.."Desejo todo o sucesso para a pessoa que vai substituí-lo [a Joe Biden]", disse o Alto-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, à entrada para uma reunião ministerial em Bruxelas..Borrell foi até hoje o único representante da UE a pronunciar-se sobre a desistência do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, da corrida à Casa Branca, anunciada no domingo após várias críticas sobre a sua capacidade para bater-se com o candidato republicano, Donald Trump..Questionado sobre se a vitória do candidato democrata - que ainda não foi anunciado, apesar de o nome da vice-presidente, Kamala Harris, estar a recolher apoios dentro do partido - favoreceria as relações com o bloco europeu, Josep Borrell recusou comentar..Face à insistência dos jornalistas na pergunta, o chefe da diplomacia europeia respondeu: "Os norte-americanos são os que têm de decidir quem é que querem na Casa Branca. Claro que haverá uma diferença importante [para as relações transatlânticas] dependendo de quem lá estiver, mas isso não é uma decisão nossa [da UE].".Ministros de Lula elogiam decisão.Alguns ministros do Governo brasileiro elogiaram no domingo a decisão do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de desistir da recandidatura à Casa Branca.."Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo", reagiu a ministra do Planeamento e Orçamento, Simone Tebet, na rede social X (antigo Twitter)..Simone Tebet, uma das responsáveis pela elaboração da estratégia económica do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apelou ainda aos democratas para que "tenham o mesmo altruísmo e sabedoria" de Biden na escolha de quem o vai substituir "para confrontar o extremismo"..Também o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, escreveu na X que a desistência de Biden é uma "grande decisão para derrotar a extrema-direita norte-americana"..Já José Renan Filho, à frente da pasta dos Transportes, indicou no Instagram que a desistência de Joe Biden é "um gesto de grandeza"..Biden demonstrou "desprendimento em momento crítico", reforçou o dirigente, elogiando o desempenho do líder dos EUA em questões como emprego, proteção ambiental e crescimento económico.."Esse fato novo impulsionará reviravolta na eleição", defendeu..Lula da Silva ainda não reagiu publicamente à decisão de Joe Biden.."Democracia mais forte".“Tomou muitas decisões difíceis graças às quais a Polónia, a América e o mundo estão mais seguros e a democracia mais forte”, disse o primeiro-ministro polaco Donald Tusk. “Sei que foi movido pelas mesmas motivações ao anunciar a sua decisão final. Provavelmente a mais difícil da sua vida”, acrescentou Tusk, que foi presidente do Conselho Europeu entre 2014 e 2019.O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse respeitar a decisão de Biden, acrescentando: “Estou ansioso por trabalharmos juntos durante o resto da sua presidência. “Sei que, tal como fez ao longo da sua notável carreira, terá tomado a sua decisão com base no que considera ser o melhor para o povo americano”, escreveu no X, antigo Twitter.O chanceler alemão, Olaf Scholz, também prestou homenagem ao legado de Biden. “O meu amigo Joe Biden alcançou muito: para o seu país, para a Europa, para o mundo”, escreveu no X. "A sua decisão de não se recandidatar merece respeito.".O primeiro-ministro espanhol também não poupou elogios: "Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade", disse Pedro Sánchez, também no X..Um "grande homem".O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, agradeceu a Biden pelo seu “apoio inabalável a Israel ao longo dos anos”. No X, acrescentou: “O seu apoio inabalável, especialmente durante a guerra, tem sido inestimável. Estamos gratos pela sua liderança e amizade.”O presidente israelita Isaac Herzog, cujo papel é em grande parte cerimonial, também agradeceu a Biden o seu “apoio constante ao povo israelita ao longo das suas décadas de carreira”, num post no X..O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, também agradeceu a Biden pelos seus anos de serviço. “Conheço o presidente Biden há muitos anos”, escreveu no X. “Ele é um grande homem e tudo o que faz é guiado pelo seu amor pelo seu país. Como presidente, ele é um parceiro dos canadianos -- e um verdadeiro amigo. Ao presidente Biden e à primeira-dama: obrigado”.O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese escreveu no X: “Obrigado pela sua liderança e serviço contínuo, presidente Biden”. “A aliança entre a Austrália e os EUA nunca foi tão forte, com o nosso compromisso partilhado com os valores democráticos, a segurança internacional, a prosperidade económica e a ação climática para esta e para as gerações futuras.”O antigo presidente Barack Obama, com quem Biden cumpriu dois mandatos como vice-presidente, elogiou o seu historial no cargo.“Internacionalmente, ele restaurou a posição da América no mundo, revitalizou a NATO e mobilizou o mundo para se levantar contra a agressão russa na Ucrânia”, disse. Embora tivesse todo o direito de se candidatar à reeleição, a decisão de Biden de desistir da corrida foi uma prova do seu “amor pelo país”, acrescentou Obama.