Israel diz que ataque do Hezbollah que provocou quatro mortos e 67 feridos teve "consequências dolorosas"
O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, declarou esta segunda-fera que foi doloroso o ataque do grupo xiita Hezbollah a uma base militar ao sul da cidade de Haifa no domingo.
"Estamos em guerra e um ataque a uma base de treino na frente doméstica é difícil e as consequências são dolorosas", afirmou o general Herzi Halevi aos soldados durante uma visita à base atingida no domingo à noite pelo ataque, que matou quatro soldados.
O Hezbollah, que intensificou os confrontos com os israelitas na fronteira entre o Líbano e Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, atacou com 'drones' uma base ao sul da cidade israelita de Haifa no domingo, provocando a morte a quatro militares e ferimentos a 67 pessoas.
O Hezbollah libanês, entretanto, anunciou esta segunda-feira ter atacado uma base naval israelita perto de Haifa, um dia depois de um ataque semelhante ter matado pelo menos quatro soldados israelitas numa base militar na mesma região.
A imprensa israelita noticiou que as sirenes de ataque aéreo soaram na cidade de Netanya e noutras localidades no centro de Israel.
O exército israelita afirmou ter intercetado projéteis disparados do Líbano para o centro de Israel.
O Hezbollah disse também que atacou hoje soldados israelitas que tinham avançado para a aldeia fronteiriça de Maroun al-Ras, no sul do Líbano, onde o exército israelita afirma estar a efetuar incursões terrestres.
O grupo libanês pró-iraniano afirmou que os seus combatentes "dispararam projéteis de artilharia contra uma concentração de soldados inimigos" na aldeia.
Ameaçou com novos ataques se Israel prosseguisse com a ofensiva no sul do Líbano.
"Mantemo-nos vigilantes e preparados para defender o nosso país", disse o Hezbollah no comunicado, citado pela agência francesa AFP.
Os ataques reivindicados hoje pelo Hezbollah sucedem-se ao realizado no domingo contra uma base militar a sul da cidade Haifa, que matou quatro soldados israelitas.
Foi o ataque mais mortífero em Israel desde que o movimento armado xiita e o exército israelita entraram em guerra aberta, em 23 de setembro.