Israel desvia voos com destino ao aeroporto de TelAviv. Biden espera que conflito seja resolvido em breve
No balanço mais recente do ministro da Saúde da Faixa de Gaza, 67 pessoas morreram, incluindo 17 crianças, e 400 pessoas ficaram feridas nos últimos dias.
Todos os voos para o Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive foram desviados até novo aviso, anunciaram esta quinta-feira as autoridades aeroportuárias israelitas, após vários dias de disparos de foguetes da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamista Hamas.
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Os aviões vão ser dirigidos para o aeroporto de Ramon, perto de Eilat, no sul de Israel, disseram as autoridades aeroportuárias.
A decisão não afeta, de momento, os voos para fora.
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As autoridades israelitas tinham suspendido temporariamente na terça-feira à noite todo o tráfego aéreo de e para o Aeroporto Internacional Ben Gurion em Tel Aviv, devido aos múltiplos foguetes lançados da Faixa de Gaza por islamistas do Hamas para a metrópole israelita.
Desde o início da escalada militar entre o Hamas, o movimento islamista no poder na Faixa de Gaza, e Israel, na segunda-feira à noite, foram disparados cerca de 1600 foguetes do enclave palestiniano para território israelita, dos quais 90% foram intercetados pelo sistema antimíssil, de acordo o exército.
Do lado israelita, sete pessoas foram mortas, incluindo uma criança de seis anos e um soldado.
Segundo o último balanço do ministro da Saúde da Faixa de Gaza, 67 pessoas, incluindo 17 crianças, foram mortas e 400 pessoas ficaram feridas nos últimos dias.
"A minha esperança é que a situação seja resolvida o mais depressa possível", diz Biden
Numa altura em que a violência não dá sinais de abrandar na região, o presidente dos EUA, Joe Biden, falou na quarta-feira por telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Tive uma conversa com Bibi Netanyahu. A minha esperança é que a situação seja resolvida o mais depressa possível, mas Israel tem o direito de se defender quando milhares de 'rockets' são disparados contra o seu território", informou Biden.
Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio de um emissário a Israel e aos territórios palestinianos para exortar de novo à redução da escalada da violência nos últimos dias, e apelaram ao Estado judaico para "evitar vítimas civis".
Hady Amr, alto responsável do departamento de Estado norte-americano responsável pelos assuntos israelitas e palestinianos, terá por missão exortar, "em nome do Presidente Biden, uma redução da escalada da violência", declarou o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, perante os media.
O secretário de Estado norte-americano acrescentou que também falou telefonicamente com Netanyahu, a quem "reiterou o apelo para uma redução das tensões e para o fim da violência".
"Acho que Israel tem o dever de tentar fazer tudo para evitar baixas de civis, mesmo que tenha o direito de defender o seu povo", disse o chefe da diplomacia norte-americana
Ao confirmar "o forte apoio dos Estados Unidos ao direito de autodefesa de Israel", Blinken também "sublinhou a necessidade de israelitas e palestinianos poderem viver em segurança" e "desfrutar em paz a liberdade, segurança, prosperidade e democracia".
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reuniu-se com o seu homólogo israelita, Benny Gantz, para também apelar a "todas as partes envolvidas" para "tomar medidas para restaurar a calma".
Antony Blinken voltou a condenar os ataques do Hamas a Israel e considerou que "qualquer morte de civis" é "uma tragédia".
"Acho que Israel tem o dever de tentar fazer tudo para evitar baixas de civis, mesmo que tenha o direito de defender o seu povo", disse o chefe da diplomacia norte-americana, acrescentando ter ficado comovido com as imagens de morte de crianças palestinianas.
Perante as críticas à atitude do Governo de Joe Biden, acusado de não se querer envolver no conflito entre Israel e a Palestina, o secretário de Estado garantiu que os Estados Unidos estão "totalmente envolvidos" com "todas as partes, incluindo com os palestinianos".