O gabinete de guerra de Israel autorizou o regresso das negociações para conseguir a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, onde as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) realizaram, esta quinta-feira, novos bombardeamentos..A decisão foi tomada após a divulgação de um vídeo que mostra o momento em que cinco mulheres ao serviço do exército israelita foram sequestradas, a 7 de outubro, no dia do ataque do movimento islamista palestiniano Hamas em Israel que desencadeou a ofensiva militar de Telavive contra a Faixa de Gaza..As famílias das cinco militares autorizaram a divulgação das imagens, que mostram as jovens, algumas com sangue no rosto, sentadas no chão de pijama, com as mãos amarradas atrás das costas.."Estas imagens mostram o tratamento violento, humilhante e traumatizante que estas mulheres sofreram no dia do sequestro", afirmou o Fórum das Famílias de Reféns em comunicado..Em resposta ao vídeo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que continuará a lutar contra o Hamas para "garantir que o que foi visto esta noite não volte a acontecer"..O gabinete de guerra, que se reuniu durante a noite, "ordenou que a equipa de negociadores" volte à mesa das conversações "para conseguir o regresso dos reféns", disse um funcionário do governo israelita.De recordar que, com a mediação do Qatar, Egito e EUA, as negociações para uma trégua fracassaram no início de maio por divergências entre as partes..No ataque de 7 de outubro, o ataque do Hamas em israel matou mais de 1.170 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades israelitas..Nesse dia, o Hamas também sequestrou 252 pessoas. Israel afirma que 124 permanecem em Gaza, das quais 37 estarão mortas..Em resposta ao ataque, Israel prometeu "aniquilar" o movimento islamista palestiniano e iniciou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, controlada, desde 2007, pelo Hamas, que Israel, União Europeia e EUA consideram um grupo terrorista..Mais de 35.709 palestinianos, a maioria civis, morreram na ofensiva israelita, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas.