Irene Montero concorre contra Roberta Metsola para a presidência do Parlamento Europeu
Thomas COEX / AFP

Irene Montero concorre contra Roberta Metsola para a presidência do Parlamento Europeu

Ex-ministra de Pedro Sanchez na corrida à presidência do Parlamento Europeu.
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A conservadora de centro-direita, membro do Partido Popular Europeu, a maltesa que se recandidata à presidência do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, tem como adversária, na corrida à liderança da instituição, a espanhola Irene Montero.

Irene Montero tem 36 anos, é formada em Psicologia e é militante do partido espanhol de esquerda Podemos, pelo qual foi eleita em 2024. Montero assume-se como uma defensora da igualdade de género e das causas LGBTI. Foi deputada em Espanha e ministra da Igualdade do segundo governo de Pedro Sanchez.

Tem no currículo, como governante, a reforma da lei do aborto em Espanha, que se traduziu no fim da obrigação de uma autorização dos pais para as jovens de 16 e 17 anos e as mulheres portadoras de deficiência que precisem de abortar.

De acordo com o regimento do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, ainda na qualidade de presidente, abre os trabalhos e segue-se a votação, que pode ir até uma quarta ronda.

Mas, as hipóteses da espanhola são diminutas, depois de o nome de Roberta Metsola ter integrado o acordo político para os cargos de topo na União Europeia, que incluiu o compromisso de três famílias políticas: o PPE, os Socialistas e Democratas e os Liberais. Juntos, os três grupos políticos garantem a maioria necessária para dar o crivo democrático à decisão, esperando-se que Roberta Metsola seja reconduzida na liderança do Parlamento Europeu para um segundo mandato de 2 anos e meio.

A eleição inicia-se após a abertura dos trabalhos, que está marcada para as 09h00 (10h00 em Estrasburgo).

O processo de eleição da presidência do Parlamento Europeu inicia-se com a apresentação de candidatos, que pode ser feita por um grupo político ou por um grupo de eurodeputados que representem pelo menos 1/20 dos membros eleitos.

A eleição é feita por voto secreto e requer uma maioria absoluta dos votos válidos expressos (50% mais um), sendo necessários 361 votos. Votos em branco ou nulos não são considerados. Se nenhum candidato obtiver a maioria absoluta na primeira ronda, serão realizadas novas rondas sob as mesmas condições.

Caso ainda não haja um vencedor na terceira ronda, os dois candidatos com mais votos passam para uma quarta e última votação, onde o candidato com mais votos é eleito.

Uma vez eleito, o novo presidente assume imediatamente o cargo e pode fazer um discurso inaugural. O processo é supervisionado por oito escrutinadores escolhidos por sorteio entre os eurodeputados, e a sessão é conduzida pelo presidente cessante ou um dos vice-presidentes cessantes, conforme determinado pela sua ordem de precedência.

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