“Homem do pulmão de ferro” morreu aos 78 anos

“Homem do pulmão de ferro” morreu aos 78 anos

Paulo Alexander, natural de Dallas, no estado norte-americano do Texas, contraiu poliomielite aos seis anos de idade e ficou paralisado do pescoço para baixo e dependente de um respirador mecânico para respirar durante a maior parte do tempo.
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Um doente que sofria de poliomielite conhecido como o “homem do pulmão de ferro” morreu aos 78 anos, avançou a família.

Paulo Alexander, natural de Dallas, no estado norte-americano do Texas, contraiu poliomielite aos seis anos de idade e ficou paralisado do pescoço para baixo e dependente de um respirador mecânico para respirar durante a maior parte do tempo.

Embora muitas vezes confinado ao seu cilindro semelhante a um submarino, conseguiu formar-se em direito, trabalhar na área jurídica e escrever um livro.

“Com o coração pesado, necessito dizer que o meu irmão morreu ontem à noite”, publicou esta quarta-feira Philip Alexander no Facebook. “Foi uma honra fazer parte da vida de alguém tão admirado quanto ele”, acrescentou.

Christopher Ulmer, um advogado da deficiência que lidera uma angariação de fundos para Alexander, confirmou a morte numa atualização do GoFundMe publicada na terça-feira. “A sua história viajou muito, influenciando positivamente pessoas em todo o mundo. Paul foi um modelo incrível que continuará a ser lembrado”, frisou. 

Os pulmões de ferro, inventados em 1920, são câmaras seladas equipadas com bombas. Aumentar e diminuir a pressão dentro da câmara expande e contrai os pulmões do paciente. A sua utilização diminuiu após a invenção da vacina contra a poliomielite, que se tornou amplamente disponível em 1955.

Paulo Alexander detém o recorde mundial do Guinness pelo tempo passado no pulmão de ferro. De acordo com a página do livro dos recordes, o paciente conseguiu deixar o aparelho durante curtos períodos de tempo depois de aprender a “respirar como um sapo” com a ajuda de um fisioterapeuta, o que envolvia “usar os músculos da garganta para forçar o ar a entrar nos pulmões, engolindo um gole de ar de cada vez”. Mais tarde, só voltava ao pulmão de ferro à noite, para dormir. 

Como advogado, Paul Alexander conseguia representar clientes em tribunal numa cadeira de rodas especial que mantinha o seu corpo paralisado em posição vertical. 

Martha Lillard, de 75 anos, do estado do Oklahoma, é a última pessoa viva com pulmão de ferro. 

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