Hamas divulga vídeo de refém israelita raptado no ataque de outubro
O movimento islamita Hamas divulgou esta quarta-feira um vídeo com um dos reféns israelitas raptados e levados para Gaza durante o ataque de 07 de outubro, uma publicação autorizada pela família, segundo uma associação de familiares dos reféns.
Nas imagens, divulgadas no canal de Telegram do grupo palestiniano, o refém aparece sozinho, sentado numa cadeira de plástico, em frente a uma parede branca.
"Este vídeo comovente é um apelo urgente para tomarmos medidas rápidas e significativas para resolver esta terrível crise humanitária e assegurar o regresso seguro dos nossos familiares", escreveu, em comunicado, a associação Fórum de Famílias de Reféns.
Segundo a agência France-Presse (AFP), não foi possível determinar quando é que o vídeo foi gravado, mas o refém, Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos, refere que está preso "há quase 200 dias". Hoje contam-se 201 dias desde o ataque e tomada de reféns.
No vídeo, o jovem que foi raptado durante um festival de música acusa o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o seu governo de terem "abandonado" milhares de israelitas em 07 de outubro e também de terem "abandonado" os reféns desde então.
Afirma que estão detidos "no subsolo", sem água, comida ou cuidados médicos, diz que ficou gravemente ferido no dia do ataque e mostra o antebraço esquerdo amputado logo abaixo do cotovelo.
Outros reféns já testemunharam condições de detenção semelhantes em vídeos divulgados anteriormente e questionaram as autoridades israelitas.
O ataque sem precedentes realizado pelo Hamas, em 07 de outubro, em território israelita, resultou na morte de 1.170 pessoas, segundo um relatório da AFP elaborado com base em dados oficiais israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram também raptadas e levadas para Gaza, local onde ainda se encontram 129, segundo Israel, incluindo 34 já consideradas mortas pelo exército.
A vasta operação militar de retaliação levada a cabo por Israel, na faixa de Gaza, já causou 34.262 mortos, sobretudo civis, segundo o Hamas.