É num estádio localizado nos subúrbios do sul da capital do Líbano, em Beirute, que dezenas de milhares de pessoas se estão a reunir este domingo, 23, para prestar a última homenagem a Hassan Nasrallah.O fundador e ex-líder do Hezbollah, o grupo xiita libanês, foi morto em setembro de 2024, num ataque aéreo israelita que tirou a vida também a outros comandantes do Hezbollah, incluindo ao seu sucessor Hashem Safi al Din, cujo funeral também se realiza hoje.No estádio Camille Chamoun Sports City, com capacidade de 55 mil lugares, multiplicam-se as fotografias de Nasrallah bem como as bandeiras do grupo xiita, relata a agência Reuters.A cerimónia acontece sob fortes medidas de segurança, que incluem o fecho das principais estradas na área. O exército e as forças policiais libanesas estão em alerta e foi proibido o uso de drones tanto em Beirute como nas áreas circundantes. No funeral estarão presentes o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o presidente do Parlamento, Mohamed Baqer Qalibaf, bem como as famílias de altos funcionários iranianos, incluindo a do líder supremo Ali Khamenei."Vim hoje em nome da República Islâmica do Irão e do povo iraniano em geral para participar deste funeral dessas duas grandes figuras que fizeram grandes esforços para libertar este país e pela resistência", referiu Araqchi no aeroporto de Beirute.Horas antes das cerimónias iniciarem, o exército israelita lançou uma série de ataques no sul do Líbano.O funeral coletivo, aponta a Reuters, tem por objetivo mostrar força, depois de o Hezbollah ter saído abalado da guerra do ano passado com Israel, que matou a maior parte dos seus dirigentes e milhares de combatentes e causou destruição no sul do Líbano.Após a sua morte, Nasrallah foi enterrado temporariamente ao lado do seu filho, Hadi, que morreu a combater pelo Hezbollah em 1997. As cerimónias fúnebres oficiais foram adiadas para dar tempo à retirada das forças israelitas do sul do Líbano, nos termos do cessar-fogo apoiado pelos Estados Unidos que pôs fim à guerra do ano passado.Com Lusa e Reuters