Forças israelitas lançaram nova operação na cidade de Gaza
EPA/MOHAMMED SABER

Forças israelitas lançaram nova operação na cidade de Gaza

De acordo com as forças de Israel, a missão pretende o alargamento da zona tampão que o Exército estabeleceu no interior da Faixa de Gaza, ao longo da fronteira com Israel e o Egito.
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Israel lançou esta sexta-feira uma nova ofensiva terrestre na cidade de Gaza, menos de 48 horas depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter anunciado intensificar a pressão militar sobre o Hamas.

Um comunicado oficial israelita indica que nas últimas horas o Exército iniciou atividades terrestres na região de Shujaia - bairro oriental da cidade de Gaza.

De acordo com as forças de Israel, a missão pretende o alargamento da zona tampão que o Exército estabeleceu no interior da Faixa de Gaza, ao longo da fronteira com Israel e o Egito.

O mesmo documento refere que no âmbito desta operação os soldados eliminaram efetivos do Hamas e desmantelaram as infraestruturas, incluindo um centro de comando.

Israel diz que autorizou a retirada de civis da zona de combate através de canais organizados mas não forneceu mais pormenores.

Após uma trégua de dois meses, Israel retomou a ofensiva em Gaza a 18 de março, alegando que a pressão militar era a única forma de obrigar o Hamas a entregar os cerca de sessenta reféns, vivos ou mortos, que ainda mantém no enclave.

"Estamos a dividir a Faixa de Gaza e a aumentar a pressão para que nos devolvam os nossos reféns", disse Netanyahu na quarta-feira.

A nova ofensiva de Israel obrigou milhares de pessoas a deslocarem-se, depois de terem regressado às zonas de residência, durante os meses de trégua.

Na quinta-feira, um bombardeamento numa escola transformada em abrigo matou pelo menos 27 pessoas, anunciaram as equipas de resgate.

Três mísseis atingiram a escola Dar al-Arqam, no bairro de al-Tuffah, na tarde de quinta-feira, disse o porta-voz da agência de defesa civil, Mahmoud Bassal, matando várias crianças e ferindo 100 pessoas. O edifício estava a ser usado como abrigo para palestinianos deslocados das suas casas.

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