Os EUA ameaçam cortar no envio de assistência militar para Israel se a situação humanitária na Faixa de Gaza não melhorar nos próximos 30 dias. O aviso foi feito, por carta, pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e pelo titular da pasta da Defesa, Lloyd Austin, alegando que a entrada de ajuda no enclave palestiniano caiu mais de 50%..“Aumentar o fornecimento de ajuda humanitária até ao início do inverno, facilitar a entrega de ajuda através da Jordânia e acabar com o ‘isolamento’ do norte de Gaza” são as exigências de Blinken e Austin, segundo o The Times of Israel. “A falta de demonstração de um compromisso sustentado com a implementação e manutenção destas medidas pode ter implicações para a política dos EUA ao abrigo da legislação relevante”, diz a carta, referindo-se a leis que gerem a assistência militar estrangeira..O conteúdo da carta, que terá sido enviada no domingo, foi conhecido quando começam a chegar a Israel os primeiros componentes de um sistema antimísseis norte-americano - o THAAD - e os cerca de cem militares que são necessários para o operar. O reforço da defesa surge quando Israel ainda equaciona como responder ao ataque de mísseis iraniano do início do mês. .Segundo o The Washington Post, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, terá garantido ao presidente norte-americano, Joe Biden, que os alvos a atingir seriam militares - e não nucleares ou do setor energético, como alguns temem que possa acontecer. “Ouvimos as opiniões dos EUA, mas tomaremos as nossas decisões finais de acordo com o nosso interesse nacional”, afirmou Netanyahu em resposta ao artigo. Ainda assim o preço do petróleo voltou a cair nos mercados internacionais, acreditando que este setor não será afetado. .Entretanto, na frente libanesa, o n.º 2 do Hezbollah, Naim Qassem, ameaçou atacar Israel “em todo o lado”, depois do ataque com um drone à base militar israelita que fez quatro mortos. “A solução é o cessar-fogo. Não estou a falar a partir de uma posição de fraqueza, porque se Israel não o quiser, nós continuaremos” com os ataques, avisou. “Não seremos derrotados, porque esta é a nossa terra.”.susana.f.salvador@dn.pt