Elon Musk volta atrás. Pede a funcionários despedidos para voltar ao Twitter
Empresa alegou a várias dezenas de funcionários que foram despedidos por engano e frisou que os mesmos são muito essenciais para as mudanças que Musk quer implementar.
Elon Musk voltou atrás nos despedimentos que levou a cabo no Twitter e está a pedir a alguns dos 3700 funcionários despedidos na semana passada para que voltem ao trabalho, adianta o Bloomberg.
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A empresa alegou a várias dezenas de funcionários que foram despedidos por engano e frisou que os mesmos são muito essenciais para as mudanças que o multimilionário de nacionalidade sul-africana e canadiana quer implementar.
Na semana passada, Musk disse que o Twitter perde quatro milhões de dólares (cerca de quatro milhões de euros) por dia, o que justifica o despedimento de pessoal.
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Sem especificar o número total de despedimentos, Musk justificou a decisão na altura, numa mensagem publicada naquela rede: "não há escolha quando a empresa está a perder cerca de quatro milhões por dia".
Na sexta-feira, Musk já tinha indicado que o Twitter tinha registado uma queda drástica nas receitas, devido à saída de vários anunciantes por causa de "grupos ativistas" que alegadamente pressionavam as empresas a fazer publicidade.
Quanto aos empregados despedidos, Musk disse que a todos foi oferecida uma compensação equivalente a três meses de salário, ou "50% mais do que legalmente exigido".
No entanto, alguns trabalhadores já denunciaram a empresa por despedimento abusivo, uma vez que não receberam um pré-aviso de 60 dias, exigido pela lei laboral em vigor em São Francisco, onde o Twitter tem a sede.
Sobre a política de moderação de conteúdo, Musk disse "permanecer absolutamente inalterada", acrescentando: "ao contrário do que se pode ler na imprensa, vimos em certos momentos da semana que o discurso do ódio caiu abaixo dos nossos padrões anteriores".
O empresário tem defendido uma visão absolutista da liberdade de expressão, a qual, na opinião de críticos, pode levar ao ressurgimento de abusos, como assédio, discurso de ódio, ou desinformação.
Vários grupos já decidiram suspender publicidade no Twitter, como a gigante norte-americana agroalimentar General Mills, a fabricante automóvel norte-americana General Motors e a concorrente alemã Volkswagen.