Exclusivo Eleições no estado mais populoso da Alemanha são um teste pessoal a Scholz
Chanceler social-democrata envolveu-se na campanha, na esperança de recuperar o controlo do estado onde vivem quase um em cada cinco habitantes do país. Conservadores, que ganharam há uma semana noutra região, confiantes em repetir vitória.
No estado onde vivem 17,9 milhões de pessoas, quase um em cada cinco habitantes da Alemanha, e em que o PIB é superior ao de muitos países (é praticamente o mesmo dos vizinhos Países Baixos), as eleições regionais ganham uma importância nacional. Daí que sejam muitas vezes apelidadas de "mini eleições federais". Mas esta ida às urnas na Renânia do Norte-Vestefália torna-se ainda mais importante para o chanceler Olaf Scholz. Há apenas cinco meses no cargo, o social-democrata envolveu-se pessoalmente na campanha e se uma vitória pode dar um impulso ao seu governo de coligação tripartida, uma derrota poderá deixá-lo fragilizado.
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Governada pelos conservadores da CDU em coligação com os liberais do FDP desde 2017, a Renânia do Norte-Vestefália foi durante quase 40 anos (entre 1966 e 2005) liderada pelos sociais-democratas do SPD (sozinhos ou em coligações). Seguiu-se um governo encabeçado pela CDU, que só durou um mandato, antes do SPD voltar a assumir o poder em 2010. Mas há cinco anos, a então líder do governo regional Hannelore Kraft falhou a reeleição, frente ao conservador Armin Laschet. Este viria a ser o candidato às eleições federais de setembro do ano passado, que foram ganhas por Scholz, entregando depois da derrota o Executivo do estado a Hendrik Wüst.