Egito e Bahrein querem reconhecimento internacional da Palestina e entrada efetiva na ONU
O Conselho de Segurança vai debater e votar na quinta-feira o pedido apresentado pela Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, disseram fontes diplomáticas.
As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram à AFP na terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo sobre a situação na Faixa de Gaza.
Esta reunião do Conselho de Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de diplomatas de vários países árabes.
Na terça-feira à noite, a representação da Palestina junto da ONU publicou na rede social X (antigo Twitter) um texto em que os países árabes demonstraram "apoio total" ao pedido palestiniano.
"Apelamos a todos os membros do Conselho de Segurança para que votem a favor do projeto de resolução apresentado pela Argélia em nome do grupo árabe (...). No mínimo, imploramos aos membros do Conselho que não obstruam esta iniciativa essencial", afirmaram.
O projeto de resolução da Argélia recomenda apenas à Assembleia geral da ONU que admita "o Estado da Palestina como membro das Nações Unidas", algo que requer uma maioria de dois terços.
De acordo com a Autoridade Palestiniana, 137 dos 193 Estados-membros da ONU reconhecem unilateralmente o Estado da Palestina.
No entanto, a adesão de um país à ONU só pode ir a votação na Assembleia geral após uma recomendação do Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos, aliados de Israel, podem usar o poder de veto.
O Pesidente do Egito, Abdelfattah al-Sisi, e o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al-Khalifa, defenderam hoje uma solução de dois Estados para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e o reconhecimento internacional da Palestina, bem como a sua inclusão como parceiro na ONU.
Numa conferência de imprensa conjunta na capital egípcia, Al-Sisi alertou para "a expansão do conflito e a entrada num círculo de violência" se a agressão mútua entre Israel e o Irão se espalhar e se retroalimentar, uma situação que descreveu como "muito perigosa".
"Discuti possíveis soluções com o rei do Bahrein. Concordámos em intensificar e encorajar o desanuviamento e em optar por soluções diplomáticas em vez de militares, para abrir um caminho alternativo com esperança de desenvolvimento e bem-estar", afirmou o Presidente egípcio na sua intervenção.
O monarca do Bahrein recordou a "prioridade" de alcançar um cessar-fogo em Gaza e de acelerar a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, reiterando "a necessidade de aplicar uma via política para estabelecer os dois Estados e aceitar a Palestina como parceiro de pleno direito na ONU".
A ordem de trabalhos da 33.ª Cimeira Árabe, que terá lugar no Bahrein em maio, inclui a execução de uma "política clara para desanuviar o Médio Oriente e garantir a segurança e a estabilidade regionais".
"Estamos confiantes de que o resultado das nossas conversações será frutuoso (...) Reiteramos o apoio do Bahrein aos esforços do Egito para espalhar a paz e apoiar a estabilidade regional e global", acrescentou Al-Khalifa.
Também hoje, Al-Khalifa encontrou-se com o seu homólogo hachemita, Abdullah II, na cidade jordana de Al-Aqaba, onde sublinharam a importância da cimeira árabe, bem como a "necessidade urgente de a comunidade internacional, em especial o Conselho de Segurança da ONU, aplicar as resoluções do cessar-fogo imediato em Gaza".
Os dois monarcas sublinharam a importância de proteger os civis e garantir a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, rejeitando qualquer tentativa de prolongar a guerra, o ataque a Rafah ou a deslocação forçada de palestinianos, bem como a agressão contra os palestinianos na Cisjordânia, segundo o canal oficial de televisão jordano Al-Mamlaka.
O Qatar está a reavaliar a continuidade no grupo de países mediadores do conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, revelou hoje o primeiro-ministro deste país do Golfo envolvido nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.
"Estamos a realizar uma reavaliação global do nosso papel", disse o xeque Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani em conferência de imprensa conjunta em Doha com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.
Al-Thani considerou que houve "um ataque ao papel do Qatar" e que o seu país tomaria uma decisão "no momento apropriado" sobre a continuação do seu envolvimento nas negociações destinadas a obter, em particular, uma trégua entre o Hamas e Israel na guerra que dura há mais de seis meses na Faixa de Gaza.
O Qatar recebeu de forma muito crítica uma declaração do congressista norte-americano Steny Hoyer, de 84 anos, que defendeu na terça-feira que os Estados Unidos deveriam rever a sua relação com Doha caso o país do Golfo não deixe claro ao Hamas que "haverá repercussões se continuar a bloquear o progresso no sentido da libertação dos reféns [em posse do grupo islamita] e do estabelecimento de um cessar-fogo temporário".
As consequências, segundo Hoyer, deveriam incluir o corte de financiamento do Qatar ao Hamas ou a recusa de conceder refúgio aos líderes do grupo palestiniano em Doha.
Em reação, a Embaixada do Qatar em Washington afirmou que "culpar e ameaçar o mediador não é construtivo", atribuindo responsabilidades pelo impasse nas negociações ao Hamas e a Israel.
A representação do Qatar recorda o papel, juntamente com Egito e Estados Unidos, no acordo que permitiu uma trégua de uma semana no final de novembro e a libertação de 80 reféns em posse do Hamas em troca de 240 prisioneiros palestinianos.
Na conferência de imprensa de hoje ao lado do ministro turco, o xeque Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani afirmou que as negociações buscam a libertação de prisioneiros e o fim da guerra, mas lamentou "um uso indevido dessa mediação para objetivos políticos".
A mediação da crise na Faixa de Gaza é partilhada com o Egito e os Estados Unidos, que realizarão presidenciais no final do ano, enquanto a oposição israelita exige eleições para substituir o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
"O que nos dizem à porta fechada muda em público", criticou o governante do Qatar, que reiterou o compromisso com o "objetivo humano" de alcançar a trégua e a rejeição da instrumentalização deste processo.
Neste mesmo dia, o primeiro-ministro do Qatar alertou que as negociações para este efeito "passam por momentos delicados" e "alguma estagnação", e criticou a escalada de tensão na região devido ao recente ataque iraniano contra Israel.
O exército israelita anunciou hoje ter atacado posições do Hezbollah no sul do Líbano, após o movimento xiita libanês ter disparado vários mísseis para uma aldeia perto da fronteira com o Líbano, provocando ferimentos em 14 soldados.
Num comunicado, o exército adianta que o ataque foi feito por caças das Forças de Defesa de Israel (FDI) a "complexos militares do Hezbollah e infraestruturas terroristas" nas áreas de Naqoura e Yarine, no sul do Líbano, "atingindo as fontes dos disparos".
"Nas últimas horas, vários lançamentos de mísseis foram identificados a cruzar o território libanês em direção à comunidade de Arab al-Aramshe, no norte de Israel. Seis soldados ficaram gravemente feridos, dois moderadamente feridos e outros seis ficaram levemente feridos. Os soldados foram retirados para receber tratamento médico e as respetivas famílias foram notificadas", lê-se no comunicado.
Horas antes, o Centro Médico da Galileia, num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), tinha adiantado que o ataque, já então reivindicado pelo Hezbollah, provocou 14 feridos, mas sem especificar se eram civis ou militares.
"Catorze pessoas feridas, duas destas com gravidade, foram retiradas de Arab al-Aramshe, na fronteira norte" de Israel, declarou o coordenador do serviço de emergência israelita Magen David Adom, Chaim Rafalowski.
Por outro lado, o coordenador garantiu à agência de notícias EFE que enquanto as equipas de socorro tratavam as vítimas, foram registados novos ataques em Arab al-Aramshe.
"Os combatentes da Resistência Islâmica lançaram um ataque coordenado com mísseis guiados e 'drones' contra o quartel-general da nova unidade de reconhecimento militar em Arab al-Aramshe, conhecido como 'Centro Popular'", segundo o Hezbollah, que adiantou que a operação foi uma resposta a dois bombardeamentos israelitas que na terça-feira mataram três membros do grupo em áreas distintas do sul do Líbano.
As forças israelitas anunciaram que, durante a noite de terça-feira e hoje, os seus combatentes atacaram alvos do Hezbollah em quatro zonas.
O Hamas disse esta quarta-feira que o ataque do fim de semana do Irão contra Israel foi uma resposta “legítima e merecida” ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria.
Na sua primeira reação ao ataque aéreo iraniano, o Hamas declarou que se havia tratado de uma “resposta legítima e merecida à investida da entidade sionista contra o prédio do consulado iraniano em Damasco”, a 1 de abril.
“A resposta da República Islâmica do Irão confirma que o tempo em que a entidade sionista (israelita) podia agir como quisesse sem punição ou prestação de contas acabou”, acrescenta o comunicado do Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, negou hoje alegações de fome na Faixa de Gaza e reiterou o direito de Israel "a proteger-se", durante encontros com os chefes das diplomacias britânica e alemã em Jerusalém.
"Durante estes encontros, o primeiro-ministro insistiu que Israel se reserva o direito de se proteger", declarou o Governo israelita em comunicado.
Netanyahu também "desmentiu as alegações das organizações internacionais sobre a fome em Gaza", após reiteradas denúncias de organismos humanitários e dos direitos humanos sobre a escassa entrada de ajuda que entra no enclave palestiniano, em particular no norte.
De acordo com o comunicado, o primeiro-ministro transmitiu que "Israel está a fazer tudo o que é possível em relação à questão humanitária".
Benjamin Netanyahu agradeceu o apoio do Reino Unido e Alemanha.
"Eles têm todo o tipo de sugestões e conselhos. Agradeço-lhes por isso. Mas quero ser claro: nós próprios tomaremos as nossas decisões e o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender", declarou Netanyahu em comunicado.
O líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, vai encontrar-se com o Presidente da Turquia em Istambul no fim de semana, anunciou hoje o próprio Recep Tayyip Erdogan.
"O líder da causa palestiniana será meu convidado este fim de semana", disse Erdogan aos deputados do seu partido AKP no parlamento turco, em Ancara, citado pela agência francesa AFP.
De acordo com o canal de televisão privado NTV, o encontro ocorrerá no sábado, no Palácio Dolmabahçe, em Istambul.
Em 10 de abril, Erdogan apresentou condolências a Haniyeh pela morte dos três filhos e quatro netos na Faixa de Gaza num ataque israelita, seis meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas.
Erdogan e Haniyeh encontraram-se anteriormente no palácio presidencial de Ancara em 26 de julho de 2023, quando o líder do Hamas foi recebido juntamente com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.
O Presidente turco é um fervoroso apoiante do Hamas e dos palestinianos, tendo provocado um incidente diplomático com Telavive em março, quando denunciou crimes contra civis em Gaza e desejou a morte do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, afirmou hoje que Israel decidiu responder ao ataque iraniano do fim de semana, um dia depois de Londres ter apelado ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para "manter a calma".
"A coisa certa a fazer é tornar clara a nossa opinião sobre o que deve acontecer a seguir, mas é claro que os israelitas tomaram a decisão de agir", disse Cameron depois de se encontrar hoje com o Presidente de Israel, Isaac Herzog, em Jerusalém, na quarta-feira.
"Esperamos que o façam de uma forma que agrave o menos possível a situação", afirmou Cameron, que estava acompanhado pela sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, na reunião com o Presidente israelita.
Após o encontro, o gabinete presidencial israelita emitiu um comunicado no qual defende a necessidade de "todo o mundo" agir "com determinação e decisão" face à "ameaça" do "regime iraniano".
Antes de regressar ao Reino Unido ainda hoje, Cameron deverá encontrar-se com Benjamin Netanyahu e o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, bem como com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohamed Mustafa.
As negociações para pôr fim às hostilidades na Faixa de Gaza e libertar os reféns israelitas estão bloqueadas, admitiu hoje o primeiro-ministro do Qatar, um dos mediadores entre Israel e o Hamas palestiniano.
"Estamos a atravessar uma fase delicada com alguns impasses e estamos a tentar, tanto quanto possível, ultrapassá-los para pôr fim ao sofrimento da população em Gaza e obter a libertação dos reféns israelitas", declarou o xeque Mohammed bin Abdelrahman al-Thani numa conferência de imprensa.
O Qatar, juntamente com os Estados Unidos e Egito, está envolvido em conversações para obter uma trégua em Gaza e a libertação de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos detidos em Israel.
O comandante da força aérea iraniana advertiu hoje que o Irão poderá lançar uma grande ofensiva militar se for atacado, numa aparente referência a uma retaliação israelita.
"Aconselho-vos a não fazerem nada que possa resultar numa grande ofensiva das forças armadas iranianas", afirmou o brigadeiro-general Hamid Vahedi Vahedi, citado pela agência espanhola EFE.
Vahedi avisou que o Irão tem caças russos Sukhoi Su-24 para atingir alvos se o inimigo cometer erros estratégicos.
"Estamos prontos para atingir os alvos, especialmente com os Sukhoi-24", disse Vahedi durante um discurso alusivo ao Dia do Exército Nacional, que foi comemorado com desfiles militares em todo o país.
Desde a instauração da República Islâmica em 1979, o Irão não tem tido acesso a novos aviões e a utiliza velhos MiG russos e F-5 norte-americanos, bem como Sukhoi Su-24 renovados, que se despenham com frequência.
Teerão anunciou no ano passado a compra de caças Sukhoi Su-35 à Rússia, um aliado a que fornece 'drones',mas não há notícias da entrega das novas unidades.
Vahedi juntou-se aos avisos a Israel sobre uma possível retaliação pelo ataque iraniano de sábado, 13 de abril, com mísseis e 'drones', que foi uma resposta ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, em 01 de abril.
O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse hoje de manhã que a operação "True Promise" contra Israel foi uma ação limitada e não abrangente.
"Se fosse uma ação em grande escala, teriam visto que não restaria nada do regime sionista [Israel)", disse Raisi, também nas cerimónias do Dia do Exército Nacional.
SAUL LOEB / AFP
O presidente israelita, Isaac Herzog, manteve conversações com os ministros dos Negócios Estrangeiros britânico e alemão em Jerusalém, apelando à comunidade internacional para agir "de forma desafiadora" contra o Irão.
"O mundo inteiro deve trabalhar de forma decisiva e desafiadora contra a ameaça do regime iraniano que procura minar a estabilidade de toda a região", disse Herzog num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, e a sua homóloga alemã, Annalena Baerbock, são os primeiros diplomatas ocidentais a visitar Israel desde o ataque sem precedentes do Irão com mísseis e drones, no passado fim de semana, contra Israel.
O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) manifesta-se preocupado com o aumento das tensões geopolíticas no Médio Oriente, recordando que o setor tem conseguido acomodar o impacto, mas as soluções não são elásticas.
Questionado sobre o impacto de mais uma tensão geopolítica, a que se soma a guerra na Ucrânia, o conflito entre Israel e o Hamas, Gonçalo Lobo Xavier manifestou-se preocupado.
"Infelizmente, de facto, às vezes temos a ideia de que os conflitos longe de Portugal não têm impacto no mercado nacional e não têm impacto na própria logística e na própria gestão da eficiência e que isto passa ao lado, [mas] não é assim", afirma o responsável.
"A verdade é que estes conflitos armados e estas tensões que existem na cadeia de transportes têm um impacto tremendo, e mesmo nos próprios produtos nacionais, na própria produção nacional, na própria cadeia de valor, seja ela mais curta ou mais longa", prossegue.
E isso "é motivo de preocupação, porque se nós, por exemplo, na questão dos cereais e na falta de cereais, por momentos fomos à procura de outras soluções e de outros mercados do ponto de vista do produto propriamente dito, com os conflitos no Mar Vermelho fomos à procura de outras rotas (...) que não implicassem passar pelos focos de tensão", exemplifica.
"Como é evidente isto traz uma disrupção em toda a cadeia de valor, seja para transportar matérias-primas, seja para transportar componentes elétricas, seja para transportar outro tipo de fatores de produção que têm impacto em diversos produtos", refere o diretor-geral da APED.
Os líderes da União Europeia (UE) vão hoje pedir "máxima contenção" ao Irão e Israel para evitar uma escalada de tensões no Médio Oriente, condenando "veemente e inequivocamente" o recente ataque iraniano, na primeira cimeira do novo primeiro-ministro português.
Falando na antevisão do Conselho Europeu extraordinário de dois dias em Bruxelas -- que será o primeiro do chefe de Governo português, Luís Montenegro, que tomou posse no início deste mês --, fontes europeias indicaram que o ataque do Irão com 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis a Israel no passado fim de semana levou à inclusão na agenda do encontro a discussão sobre a situação no Médio Oriente.
Segundo o mais recente rascunho das conclusões desta cimeira extraordinária, a que a Lusa teve acesso, "o Conselho Europeu apela ao Irão e aos seus representantes para que cessem completamente os seus ataques e insta todas as partes a darem provas da máxima contenção e a absterem-se de qualquer ação que possa aumentar as tensões na região".
No texto, que terá ainda de ser aprovado, os chefes de Estado e de Governo também "condenam veemente e inequivocamente o ataque iraniano a Israel e reitera a sua total solidariedade para com o povo de Israel e o seu compromisso com a segurança deste país".
Ao mesmo tempo, será mencionada nas conclusões a crise humanitária na Faixa de Gaza, com os líderes dos 27 da UE a reiterarem "o seu compromisso de colaborar com os parceiros para pôr termo à crise".
Os EUA vão impor novas sanções contra o Irão, na sequência do ataque lançado contra Israel no fim de semana, anunciou na terça-feira a Casa Branca, que espera que os seus aliados façam o mesmo brevemente.
"Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, incluindo os seus programas de drones e mísseis", o seu Corpo da Guarda Revolucionária e o seu Ministério da Defesa, detalhou Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do Presidente Joe Biden, em comunicado.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, divulgou também esta terça-feira que o bloco está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente.
Borrell referiu que foi proposta, que resultou de uma reunião ministerial por videoconferência, prevê a expansão do regime de sanções contra o Irão, que já existe por causa da disponibilização de 'drones' (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a "'proxies' na região", em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros alertou, contudo, que até hoje não há evidências de que Teerão esteja a fornecer mísseis a Moscovo, mas as sanções podem "incluir já essa possibilidade".
Bom dia,
Começamos a acompanhar ao minuto a situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, no passado fim de semana.