Dois presos fogem de cadeia de segurança máxima no Brasil
Desde que em 2006 foram construídas as primeiras prisões de segurança máxima no Brasil ninguém havia escapado. Até hoje: Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como "Tatu", e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado por "Deisinho", ambos do Comando Vermelho, terão aproveitado o período de banho de sol para fugir da Prisão Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As autoridades já iniciaram uma caça aos dois homens.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou durante a manhã desta quarta-feira, dia 14, que recebeu solicitação de apoio para a recaptura e que "o apoio está sendo dado", segundo o portal G1. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte também informou que auxilia nas operações de busca.
O caso chegou a Brasília onde a Polícia Federal foi acionada pelo Ministério da Segurança Pública e da Justiça, agora sob a tutela do recém-empossado ministro Ricardo Lewandowski, para atuar na operação e também no apuramento das responsabilidades no episódio. André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais, informou nesta tarde que vai até Mossoró.
O ministério confirmou que a Polícia Rodoviária Federal também atua nas estradas na busca pelos dois homens.
Tatu e Deisinho, considerados detidos de “alta periculosidade”, são do estado do Acre, ligados ao Comando Vermelho, organização criminosa com sede no Rio de Janeiro cujo líder histórico, Fernandinho Beira-Mar, também está preso em Mossoró. O Comando Vermelho é a segunda maior organização criminosa do Brasil, depois do Primeiro Comando da Capital, de São Paulo.
A dupla chegou a Mossoró em setembro do ano passado após se envolver numa rebelião noutra prisão, a Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados. Os dois respondem por assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio, isto é, roubo seguido de morte.
O Sistema Penitenciário Federal congratula-se, no seu site, de "desde a sua criação” ser “uma referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião, nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias".
O sistema foi criado com o objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças dessas organizações e outros presos de alta periculosidade, de acordo com o Ministério da Justiça.