Do fumo branco ao “Habemus Papam”. Todas as etapas até aparecer o sucessor de Francisco
ALESSANDRO DI MEO/EPA

Do fumo branco ao “Habemus Papam”. Todas as etapas até aparecer o sucessor de Francisco

Saiba quais as etapas protocolares a cumprir até o sucessor de Francisco aparecer na varanda da Basílica de São Pedro para dar início ao novo pontificado
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A eleição de um novo Papa é um momento de grande significado para a Igreja Católica, marcado por rituais solenes e tradições centenárias. Desde o fumo branco que sobe da chaminé da Capela Sistina até ao anúncio do “Habemus Papam” no Balcão das Bênçãos da Basílica de São Pedro, cada etapa do processo segue escrupulosamente os protocolos, como recorda o site Vatican News.

A aceitação

Quando um cardeal alcança a maioria de dois terços necessária na votação, o cardeal mais antigo por ordem e idade (ou o segundo, caso o primeiro seja o eleito) pergunta ao escolhido, em latim: “Aceita a sua eleição canónica como Sumo Pontífice?”. Após o consentimento, é feita a segunda pergunta: “Como deseja ser chamado?”. O Mestre das Celebrações Litúrgicas, na função de notário, redige então um documento oficial, acompanhado por dois mestres de cerimónias como testemunhas, registando a aceitação e o nome escolhido pelo novo Papa.

Conclusão do Conclave

Com o consentimento do eleito, o Conclave é formalmente encerrado, a menos que o novo Papa determine o contrário. Nesse momento, algumas figuras do Vaticano alheias ao Conclave podem entrar na Capela Sistina para tratar de assuntos imediatos com o Pontífice. Essa transição marca o fim do isolamento do Colégio Cardinalício e o início da nova fase de liderança na Igreja.

Fumo branco e a “Sala das Lágrimas”

Após a aceitação, todos os boletins e documentos utilizados na votação são queimados, produzindo o emblemático fumo branco que sinaliza ao mundo a eleição do novo Papa. Enquanto a multidão na Praça São Pedro celebra, o eleito dirige-se à sacristia da Capela Sistina, conhecida como “Sala das Lágrimas”. Lá, veste uma das três vestes papais previamente preparadas, ajustadas para diferentes tamanhos, num momento de reflexão e preparação para a sua nova missão.

A primeira cerimónia e a homenagem dos cardeais

De volta à Capela Sistina, o novo Papa toma assento na cátedra para uma breve cerimónia. O primeiro cardeal da Ordem dos Bispos faz uma saudação inicial, seguida pela leitura de uma passagem do Evangelho pelo primeiro cardeal presbítero. O cardeal protodiácono, no caso Dominique Mamberti, recita uma oração pelo novo Pontífice. Em seguida, os cardeais eleitores prestam homenagem e obediência ao Papa. A cerimónia termina com o canto do hino Te Deum, entoado por todos, liderados pelo novo Papa.

Oração na Capela Paulina e o anúncio do “Habemus Papam”

Antes de aparecer publicamente, o Papa eleito segue para a Capela Paulina, onde faz uma oração silenciosa diante do Santíssimo Sacramento. Enquanto isso, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti dirige-se à varanda das Bênçãos da Basílica de São Pedro e proclama a tradicional frase em latim: “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam!”, anunciando o nome do novo Pontífice. O Papa então aparecerá na varanda, dirigindo a sua primeira saudação ao povo, e concede a bênção apostólica Urbi et Orbi, marcando o início do novo pontificado.

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