Maria da Graça Carvalho
Maria da Graça CarvalhoPedro Correia/Global Imagens

Dinheiro Europeu. Ministra do Ambiente defende agenda prioritária para a água

Graça Carvalho escusa-se a especular se agenda da água poderia integrar o futuro portfólio de Maria Luís Albuquerque.
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A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho defendeu, esta terça-feira, em Bruxelas, que a água deve estar no topo das preocupações do futuro colégio de comissários.  

A ministra esteve reunida na Direção Geral do Ambiente, em Bruxelas, onde defendeu que a Comissão Europeia deve ponderar a disponibilização de mais verbas para que a União Europeia possa lidar com a escassez de água, uma questão de “grande relevância” para Portugal. 

Por agora a ministra escusa-se a falar sobre a distribuição de pastas para os comissários europeus, ou mesmo se a água poderia integrar o futuro portfólio de Maria Luis Albuquerque. A ministra defende um maior volume de verbas para que no futuro os europeus não tenham de lidar com os problemas ligados à escassez de água.

“Todos precisamos de água, seja a indústria, seja o turismo, seja a agricultura, a nossa vida, a nossa saúde, dependem da qualidade e da existência da água”, afirmou a ministra, assinalando que se trata “mesmo [de] algo transversal”.

“A própria Defesa”, que deverá ter uma dotação orçamental significativa no futuro Quadro Financeiro Plurianual, também está ligada aos problemas ligado à água. “E a não existência de água, pode ser, e já é em muitas partes do mundo, uma causa de conflitos”, alertou, considerando que “para evitar que isso aconteça, temos que ter acesso a uma quantidade de água suficiente e de qualidade”.

Maria da Graça Carvalho considera por isso os problemas ligados à água devem estar incluídos como prioridade na distribuição de pastas dos futuros comissários. Contudo, escusa-se a dizer se essa responsabilidade encaixaria bem no perfil de Maria Luis Albuquerque, que foi nomeada pelo primeiro ministro como futura comissária europeia.

“Vamos ver. Há muitas pastas que fazem sentido para Portugal”, afirmou Graça Carvalho, que em tempos chegou a ser apontada como uma das potenciais candidatas a um cargo no topo do executivo comunitário, tendo como argumentos a seu favor, o peso político, a sua experiência europeia, associada a um perfil tecnicamente relevante, ligado à investigação científica. 

Agora admite que “a água é uma prioridade para Portugal”. Por outro lado, entende que “nem sempre aquilo que é a prioridade [nos portfólios na Comissão Europeia] é aquilo que deve ficar para Portugal, porque às vezes os comissários até podem ter mais interferência se não for a sua própria pasta”, sublinhou.

O que espera é que o próximo Quadro Financeiro Plurianual tenha uma parcela significativa dedicada ao tópico da água, defendendo que os problemas ligados à água e à seca devem estar no topo da agenda europeia.

“Sabemos que a água vai ter um papel importante numa das pastas de um dos comissários. O que nós pedimos é aproveitando [o que está disponível] noutros programas”, possa desde já “ser usados para a água”. E, no futuro, seja tido em conta no orçamento [de longo prazo] “. Entretanto, “enquanto não tivermos um instrumento no orçamento dedicado à água, que haja uma prioridade no Banco Europeu de Investimento”, defendeu ainda a ministra. 

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