O luso descendente Devin Nunes, presidente da rede social de Donald Trump, Truth Social, e líder do Conselho Consultivo de Informações do presidente dos Estados Unidos
O luso descendente Devin Nunes, presidente da rede social de Donald Trump, Truth Social, e líder do Conselho Consultivo de Informações do presidente dos Estados UnidosMIGUEL A. LOPES/LUSA

Conselheiro lusodescendente de Trump sugere que Portugal deve assumir papel na NATO com "navios de guerra"

Devin Nunes crê que Portugal "está numa posição muito boa" para ter um papel específico dentro da NATO”, nomeadamente com “navios de guerra” na entrada do Mediterrâneo e ao longo da costa africana.
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O lusodescendente Devin Nunes, membro da administração Trump, defendeu esta segunda-feira (16 de junho) em Lisboa que Portugal deve "ter um papel específico” na NATO, nomeadamente com "navios de guerra", afirmando-se “muito otimista” quanto ao futuro da Aliança Atlântica.

“Trabalhei com o Governo português durante muitos e muitos anos, tentando incentivá-los, não apenas a aumentar o orçamento para a NATO, mas a fazê-lo de uma forma específica que refletisse a sua localização geográfica”, referiu esta segunda-feira Devin Nunes, presidente da rede social de Donald Trump, Truth Social, e líder do Conselho Consultivo de Informações do Presidente dos Estados Unidos.

“Todas as razões pelas quais Portugal esteve numa ótima posição para explorar o mundo há 500 anos, ainda está numa posição muito boa agora para ter um papel específico dentro da NATO”, nomeadamente com “navios de guerra” na entrada do Mar Mediterrâneo e ao longo da costa africana, sustentou Nunes, antigo membro republicano na Câmara dos Representantes norte-americana pela Califórnia, intervindo num debate sobre “Os atuais desafios geopolíticos para a Europa e os Estados Unidos”, numa conferência organizada em Lisboa pelo canal de televisão Now.

Devin Nunes afirmou-se “otimista” em relação ao futuro da NATO, numa altura em que o Presidente Trump e o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, têm pressionado para um aumento substancial no investimento em Defesa, para 5% do produto interno bruto (PIB) de cada Estado-membro, uma matéria que será debatida na cimeira da organização, nos dias 24 e 25 de junho, em Haia.

O Governo português já se comprometeu a atingir a meta atual, de 2%, ainda este ano, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, garantiu que Portugal cumprirá o objetivo dos 5%, caso a NATO decida essa meta, e nos moldes defendidos por Rutte – 3,5% em despesa militar efetiva e 1,5% em infraestruturas civis que possam ter uso militar.

Devin Nunes afirmou-se esta segunda-feira “muito otimista” quanto ao futuro da NATO, uma organização que tem estado na mira de Donald Trump, que critica a falta de investimento dos aliados europeus.

“Está no bom caminho para corrigir (…).Acho que se está a começar a ver os países da NATO a investir mais dinheiro e a levar a sério aquilo em que são bons, aquilo em que se vão especializar”, considerou.

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