Chegar aos 2% do PIB em defesa? "Estamos a convergir para esse objetivo", diz Costa

António Costa disse em Vilnius que este ano Portugal vai cumprir uma meta "muitíssimo importante", de ter "pelo menos 20% do investimento em defesa" em "capacidades, em equipamentos, portanto, não só despesa corrente".
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O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que Portugal está a convergir para atingir a meta dos 2% do PIB em investimento na Defesa nacional, conforme foi pedido pela NATO aos aliados. ​​​​​​

"Estamos a convergir para esse objetivo que Portugal assumiu na cimeira de Gales em 2014" afirmou António Costa, à entrada da cimeira da Aliança Atlântica, na Lituânia. O chefe do Governo afirmou que teve a oportunidade de "explicitar quer o calendário quer as condições para convergirmos para esse objetivo". Refira-se que o país estima alcançar esta meta em 2030.

Em Vilnius, Costa destacou o crescimento económico em 2022 e em 2023, que "está a ser superior às melhores expectativas". "Quando o PIB cresce mais e mais rápido do que aquilo que esperamos nem sempre podemos ajustar o ritmo da Defesa", afirmou.

Disse, no entanto, que Portugal vai alcançar "um dos dois objetivos importantes". "Não é só chegar aos 2% de PIB em investimento em Defesa, havia uma meta muitíssimo importante, em que Portugal estava muito atrasado, que é o facto de pelo menos 20% do investimento em defesa ser em capacidades, em equipamentos, portanto, não só despesa corrente", explicou.

"Vamos alcançar esse objetivo este ano e isso é uma mudança muito significativa e tem a ver com o investimento que temos vindo a fazer nas capacidades das nossas Forças Armadas", afirmou o primeiro-ministro. No objetivo dos 2% do PIB em defesa "iremos progredir".

No arranque da cimeira da Aliança Atlântica, António Costa destacou "três boas notícias", referindo-se primeiro ao levantamento de obstáculos "para que a NATO se reforce com a entrada da Suécia", mas também o facto de ter sido aceite "uma proposta de Portugal para darmos uma atenção muito significativa a todo flanco sul" da Aliança Atlântica", referindo-se ao norte de África, Sahel e Médio Oriente.

A NATO, disse, "não ignora a necessidade de desenvolver outras parcerias e estabelecer outras oportunidades de cooperação a sul. Era algo que nos preocupava bastante e insistimos bastante e, felizmente, no comunicado final está consagrado e numa linguagem muito positiva, com os novos parceiros no norte de África, no Sahel e Médio Oriente.

O primeiro-ministro destacou também "a unidade de todos no apoio à Ucrânia", no seu combate ao direito internacional, ao direto à soberania à integridade territorial, "e todos nos batemos para que a paz triunfe garantindo o direito internacional".

"Era difícil começarmos melhor esta cimeira, agora só espero que a cimeira não estrague aquilo que começou tão bem. Tudo o que podia ser complicado está, neste momento, resolvido", salientou Costa.

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