Olaf Scolz, chanceler alemão
Olaf Scolz, chanceler alemãoJOHN THYS / AFP

Chanceler alemão Olaf Scholz junta-se ao TikTok com a promessa de não dançar

Olaf Scholz é o mais recente dirigente ocidental a aderir à rede social detida pelos chineses, apesar das preocupações generalizadas em matéria de segurança e da preocupação com a desinformação.
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, criou uma conta no TikTok esta segunda-feira, prometendo que não seria apanhado a dançar na plataforma de redes sociais popular entre os jovens.

O mais recente canal oficial do Governo "aumenta a oferta de informação aos cidadãos, que cada vez mais se informam e discutem política no TikTok", afirmou o porta-voz de Scholz, Steffen Hebestreit, em comunicado.

A conta oferecerá "um olhar sobre os bastidores da vida quotidiana do governo", disse Steffen Hebestreit.

O próprio chanceler fez pouco caso da nova iniciativa num outro canal das redes sociais.

"Não vou dançar. Prometido", disse Scholz no X (antigo Twitter).

O primeiro vídeo do chanceler na rede social mostra o escritório de Olaf Scholz antes de o mostrar na sua secretária.

@teambundeskanzler Wir sind genauso überrascht wie ihr! (Und ja, der Bundeskanzler ist jetzt wirklich auf TikTok) #Bundeskanzler #Kanzler #OlafScholz ♬ The Funny Bassoon - Eitan Epstein Music

Scholz é o mais recente dirigente ocidental a aderir à rede social detida pelos chineses, apesar das preocupações generalizadas em matéria de segurança e da preocupação com a desinformação.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, abriu uma conta em fevereiro, antes das eleições presidenciais deste ano, numa tentativa de chegar aos eleitores mais jovens.

No entanto, a presença de Biden no canal não o impediu de levantar preocupações sobre a propriedade da plataforma com o líder chinês, Xi Jinping, num telefonema este mês.

Steffen Hebestreit disse que foi "por acaso" que a abertura da conta ocorreu dias antes da visita de Scholz à China, este fim de semana.

Afirmou ainda que o gabinete de Scholz teve tempo para avaliar a plataforma antes de se registar.

As autoridades ocidentais têm-se alarmado com a popularidade do TikTok entre os jovens, alegando que a aplicação é subserviente a Pequim e um meio para difundir propaganda, alegações negadas pela empresa e por Pequim.

No mês passado, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou por esmagadora maioria um projeto de lei que obrigaria o TikTok a alienar a empresa-mãe chinesa ByteDance ou enfrentaria uma proibição a nível nacional.

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