Alice Weidel, líder da AfD
Alice Weidel, líder da AfDHannibal Hanschke / EPA

Catalogada como "extremista", AfD processa serviço de inteligência alemão

Partido argumenta que a classificação gera “impacto negativo óbvio e significativo” tanto para o partido quanto para o processo democrático.
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O partido Alternativa para a Alemanha (AfD) entrou esta segunda-feria com uma ação judicial contra o Gabinete Federal de Proteção da Constituição (BfV), após ter sido oficialmente classificado como "extremista" de direita por aquele serviço de inteligência interna, na última sexta-feira, numa decisão que abre portas à ilegalização do partido .

A ação deu entrada no tribunal administrativo de Colónia, onde o BfV está sediado e, nela, a AfD argumenta que a classificação gera “impacto negativo óbvio e significativo” tanto para o partido quanto para o processo democrático. Entre os prejuízos apontados estão o possível afastamento de doadores, simpatizantes e membros – principalmente funcionários públicos, soldados e juízes –, devido à pressão crescente para aplicação de sanções sobre os seus filiados.

O Ministério do Interior, que supervisiona o BfV, apoiou a decisão do gabinete responsável pela proteção da Constituição alemã. A ministra Nancy Faeser, de saída do cargo, afirmou que o serviço de inteligência interna atuou de forma “autónoma, neutra e baseada numa investigação exaustiva”.

A decisão gerou grande repercussão internacional, com EUA e Rússia a manifestarem preocupação com a decisão, que classificaram como “perseguição política”.

Alice Weidel, líder da AfD
AfD sob escrutínio após ser considerada organização extremista de direita

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