Berlinenses passam ao lado de referendo ambiental

Ativistas climáticos levaram a plebiscito proposta para tornar a capital alemã neutra em carbono até 2030. Uma meta que não convenceu os eleitores.
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Com uma taxa de participação de 35,8%, não houve um número suficiente de eleitores para aprovar a alteração à lei da proteção climática e da transição energética de Berlim, segundo a qual vinculava a capital alemã a tornar-se neutra em termos de carbono até 2030.

O número mínimo de votos favoráveis para o plebiscito ter força de lei era de 607 518 (ou seja, 25% do total de eleitores) e o voto a favor recolheu 442 210 votos, mostram os resultados oficiais.

Em termos percentuais, 50,9% dos votantes concordaram com a proposta do grupo chamado Klimaneustart Berlin. Estes ativistas climáticos dizem que as metas da Alemanha para reduzir as emissões de carbono são muito distantes e que não contribuem para evitar que o aquecimento global exceda os 1,5 graus Celsius.

Berlim, tal como a Alemanha no seu conjunto, visa uma redução de 95% nas emissões de dióxido de carbono até 2045, em comparação com os níveis de 1990.

Pelo menos 80% da energia de Berlim, no entanto, provém de fontes de combustíveis fósseis.

Poucos deputados do parlamento estadual de Berlim acreditavam que sete anos é suficiente para fazer a transição para as energias renováveis e preocuparam-se com os custos a curto prazo que o prazo juridicamente vinculativo teria incorrido. Desta forma, a coligação

O resultado "mostra que a maioria dos berlinenses também vê que as exigências do referendo não poderiam ter sido aplicadas - nem mesmo se tivessem sido lançadas na lei", disse a presidente da câmara da cidade, Franziska Giffey, citada pela DW.

Giffey, que lidera a autarquia com uma coligação que inclui Os Verdes, sociais-democratas e Die Linke (Esquerda), afirmou no início desta semana que, embora fosse importante lidar com a questão, não seria possível que Berlim fosse climaticamente neutra até 2030. "Há que dizer isto claramente às pessoas: tudo o resto é um disparate."

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