Bachar al-Assad e a família estão em Moscovo. Biden diz que queda de regime na Síria é sinal de fragilidade da Rússia
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Bachar al-Assad e a família estão em Moscovo. Biden diz que queda de regime na Síria é sinal de fragilidade da Rússia

As forças rebeldes na Síria anunciaram hoje "a fuga do tirano", o Presidente Bashar al-Assad, depois de terem tomado Damasco.
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A Rússia anunciou hoje que pediu para segunda-feira uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir a situação na Síria, após grupos rebeldes liderados por islamitas radicais terem derrubado o Presidente Bashar al-Assad.

"Em relação aos últimos acontecimentos na Síria, cuja profundidade e consequências para o país e para toda a região ainda não foram avaliadas, a Rússia solicitou consultas urgentes à porta fechada do Conselho de Segurança da ONU", disse o representante adjunto da Rússia na ONU, Dmitri Polianski, no Telegram.

Esta reunião deverá ter lugar na segunda-feira, acrescentou.

O chefe da diplomacia do Irão, Abbas Araghchi, garantiu hoje que o Presidente sírio deposto, Bashar al-Assad, "nunca pediu ajuda" militar ao seu país, apesar de Teerão ser o seu principal aliado, juntamente com a Rússia.

Numa entrevista na televisão estatal iraniana, Araghchi assegurou que o Governo sírio "nunca pediu ajuda" a nível militar, mostrando-se surpreendido com a "rapidez da ofensiva rebelde", bem como com a "incapacidade de resposta" do Exército sírio.

Abbas Araghchi admitiu ainda preocupações com a "possibilidade de uma guerra civil, de desintegração da Síria, colapso total e transformação do país num abrigo para terroristas".

O Presidente dos EUA, Joe Biden, atribuiu hoje a queda do regime do Presidente sírio Bashar al-Assad à fragilidade dos países que o apoiavam, nomeadamente o Irão e a Rússia, incapazes de protegerem o seu aliado.

Classificando este colapso do regime na Síria como um "ato de justiça", Biden admitiu, contudo, que este é também um "momento de risco e incerteza", lembrando que alguns dos rebeldes têm um perigoso histórico de terrorismo. Disse ainda que al-Assad deve ser responsabilizado pelos crimes do seu regime.

Numa comunicação a partir da Casa Branca, Biden disse que a queda do regime sírio é uma prova de que Moscovo está a perder influência no Médio Oriente.

"Isto porque a Ucrânia, apoiada pelos aliados, ergueu um muro contra as forças invasoras russas, infligindo danos às forças russas, que deixaram Moscovo incapaz de proteger o seu aliado no Médio Oriente", explicou o líder norte-americano.

Biden, à hora em que deu a conferência de imprensa, disse que os Estados Unidos não sabiam do paradeiro de al-Assad, mas que está a monitorizar de perto relatos que dizem que o Presidente sírio poderá ter procurado refúgio em Moscovo, facto entretanto confirmado pelas autoridades russas.

O Presidente norte-americano lembrou que, nos últimos quatro anos, o seu Governo adotou uma política clara em relação à Síria, mantendo sanções contra o regime de Bashar al-Assad e apoiando a liberdade de ação de Israel contra redes iranianas na região.

"É um ato de justiça essencial e um momento de oportunidade histórica para o povo sírio, que sofreu durante tanto tempo para construir um futuro melhor", disse Biden, mas acrescentou que este é também um "momento de risco e incerteza" que os Estados Unidos tentarão gerir com os seus aliados na região.

Biden sublinhou que os Estados Unidos mantiveram uma presença militar na Síria para combater o movimento terrorista Estado Islâmico (EI) e apoiar parceiros locais, garantindo que o grupo terrorista não restabeleça um refúgio seguro no país.

"A nossa abordagem alterou o equilíbrio de poder no Médio Oriente", disse o líder norte-americano.

Contudo, Biden expressou preocupação com a possibilidade de, ao remover um tirano, outro poder surgir no seu lugar, lembrando que alguns dos rebeldes 'jihadistas' terem um histórico de ações terroristas.

O Presidente dos Estados Unidos também defendeu que al-Assad deve ser responsabilizado pelas "centenas de milhares de sírios inocentes que foram maltratados, torturados e mortos" pelo seu regime.

Os próximos dias "serão determinantes" para o futuro da Síria, disse Biden, pelo que o Governo dos Estados Unidos estará "muito atento" aos desenvolvimentos da crise.

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, afirmou este domingo que a Europa está pronta para apoiar a salvaguarda da unidade nacional na Síria e a reconstrução de um estado que proteja todas as minorias.

Numa publicação na sua conta na rede social X (antigo Twitter), Von der Leyen começou por escrever que "a cruel ditadura de Assad caiu", após o que deixou um alerta: "Esta mudança histórica na região oferece oportunidades, mas não é isenta de riscos".

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pede calma e que se evite violência na Síria, após a queda do regime de Bashar al-Assad, que vê como uma "oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico".

"Há muito trabalho a fazer para assegurar uma transição política ordenada para instituições renovadas. Reitero o meu apelo para a calma e para que se evite a violência neste momento sensível, protegendo simultaneamente os direitos de todos os sírios, sem distinção", referiu Guterres numa nota partilhada no portal das Nações Unidas.

O líder da ONU considerou que "após 14 anos de guerra brutal e a queda do regime ditatorial, o povo da Síria pode hoje aproveitar uma oportunidade histórica para construir um futuro estável e pacífico".

Guterres defendeu que é preciso o apoio da comunidade internacional para uma garantir uma transição política inclusiva e abrangente e que responda às aspirações da população.

"A soberania, a unidade, a independência e a integridade territorial da Síria devem ser restauradas", vincou o secretário-geral da ONU, que pediu que a inviolabilidade das instalações e do pessoal diplomático e consular "deve ser respeitada em todos os casos".

Apontando que serão os sírios a determinar o futuro da Síria, Guterres disse que a ONU vai estar empenhada em apoiá-los a "construir um país onde a reconciliação, a justiça, a liberdade e a prosperidade sejam realidades partilhadas por todos".

Os meios de comunicação estatais russos garantem que o presidente sírio, Bashar al Assad, está em Moscovo com a sua família.

Citando uma fonte do Kremlin, a agência estatal russa TASS avançou que Assad e os seus familiares receberam asilo na capital russa.

Houve muita especulação sobre o paradeiro de Assad depois de relatos de que tinha fugido de Damasco antes da chegada dos rebeldes na manhã deste sábado.

A Rússia, um dos aliados mais próximos de Assad, confirmou que este tinha deixado a Síria, mas não disse onde estava, nem se Moscovo lhe deu abrigo.

O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, garantiu hoje que a Síria se tornou a quarta frente em que mantém uma operação terrestre, juntando-se a Gaza, à Cisjordânia e ao Líbano.

"As tropas terrestres estão envolvidas no combate em quatro frentes contra o terrorismo, na Cisjordânia, Gaza e Líbano. E agora enviámos tropas para o território sírio", disse Halevi numa visita aos recrutas do Exército da Brigada Golani, referindo-se ao derrube do regime na Síria.

Esta manhã, as Forças Armadas israelitas anunciaram o envio de tropas para a zona desmilitarizada na fronteira entre os Montes Golã, território sírio que Israel ocupa desde 1967, e a Síria, sob o pretexto de pôr fim às ameaças.

Halevi explicou que em todas estas frentes as forças terrestres cooperam com as forças aéreas, marítimas e de informações militares.

Na Síria, por enquanto, Israel apenas confirmou a sua presença terrestre na zona desmilitarizada, embora os meios de comunicação social sírios tenham noticiado bombardeamentos aéreos ao longo da tarde, alguns deles em Damasco.

O presidente do mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coligação Nacional Síria (SNCF), Hadi Al Bahra, garantiu hoje à EFE que a capital síria "estará segura em dois ou três dias".

"Dentro de dois ou três dias, a cidade estará segura, se Deus quiser. O atual governo vai ficar e continuar o seu trabalho até que haja uma transição adequada. Todos os funcionários do Estado permanecerão nos seus postos, continuarão com as suas funções", disse o político à margem do Fórum de Doha, no Qatar.

Neste contexto, prosseguiu a presidente da CE: "A Europa está pronta a apoiar a salvaguarda da unidade nacional e a reconstrução de um Estado sírio que proteja todas as minorias".

"Estamos a dialogar com os líderes europeus e regionais e a acompanhar a evolução da situação", revelou ainda.

Os rebeldes declararam hoje Damasco 'livre' do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia, para derrotar o governo sírio.

Portugal afirmou hoje que, tal como os parceiros europeus, segue de perto a situação na Síria, defendendo que "o fim inominável" do regime sírio do Presidente Bashar al-Assad "conduza a uma transição pacífica".

Numa declaração na rede social X, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, realçou que a transição deve também ser "inclusiva", na linha da resolução 2254 do Conselho de Segurança, e que o povo sírio "tem direito à paz".

"Portugal, com os parceiros europeus, segue de perto a situação na Síria. O fim do inominável regime de Assad deve conduzir a uma transição pacífica e inclusiva de todas as comunidades, na linha da Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O povo sírio tem direito à paz", afirmou Rangel.

O líder dos rebeldes sírios, Abu Mohammed al-Jolani, discursou hoje na famosa mesquita dos Omíadas em Damasco, depois de a capital ter sido declarada livre das forças de Bashar al-Assad, noticia a agência France Presse.

Ao entrar na icónica mesquita da Cidade Velha de Damasco, o líder do grupo radical islâmico HTS foi saudado por uma multidão que gritava “Allah Akbar” (Alá é grande), segundo vídeos que circulam na imprensa.

O líder dos rebeldes chegou hoje a Damasco, onde se prostrou num relvado, antes de se dirigir à histórica mesquita.

“O líder Ahmed al-Chareh (nome verdadeiro Jolani) prostrou-se e beijou o chão” à chegada a Damasco, anunciou o canal Telegram da coligação rebelde, no qual se viam as imagens do líder deitado no relvado.

O governo iraquiano pediu hoje aos atores regionais e internacionais que "evitem a ingerência" após o derrube do residente Bashar al-Assad por rebeldes e exortou-os a "iniciar um diálogo" por uma Síria "pluralista".

Em comunicado, o governo iraquiano afirma acompanhar a "evolução da situação na Síria e prossegue os contactos internacionais com os países irmãos e amigos em prol da estabilidade, da segurança, da ordem pública e das vidas e propriedades do povo sírio irmão".

Na nota de imprensa é ainda reiterada a "importância de não interferir nos assuntos internos da Síria ou apoiar uma parte em benefício de outra, pois a intervenção só levará a situação na Síria a mais conflitos e divisões e o primeiro a sofrer será o povo sírio".

A nota, emitida pelo gabinete de imprensa do primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani, referia-se à coligação de grupos da oposição, liderada pela Organização Islâmica de Libertação do Levante (HTS), que é composta por várias fações, incluindo os pró-turcos.

"O Iraque apoia todos os esforços internacionais e regionais que visam abrir um diálogo que inclua todos os sírios, com todas as suas seitas e tendências (...), conduzindo à adoção de uma constituição pluralista que preserve os direitos humanos e civis dos sírios e apoie a sua diversidade cultural, étnica e religiosa", sublinha.

No comunicado, o executivo iraquiano insistiu também na "necessidade de preservar este pluralismo, que representa uma fonte de riqueza para a Síria, sem preconceitos nem negligência".

O Iraque, país vizinho da Síria, anunciou nos últimos dias que protegeu a sua fronteira e reforçou a segurança ao longo da fronteira com a Síria para evitar infiltrações, depois de o HTS ter lançado a sua ofensiva rápida e abrangente contra al-Assad, em 27 de novembro.

Segundo várias autoridades iraquianas, Bagdade teme sobretudo possíveis infiltrações de combatentes da organização terrorista Estado Islâmico (EI), que controlou grandes áreas do Iraque até ser derrubada pelas forças de segurança iraquianas em 2017 com a ajuda de uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Entretanto, os talibãs "felicitaram" hoje o povo sírio e os rebeldes após a queda do presidente Bashar al-Assad, afirmando esperar "uma transição de poder conduzida de acordo com as aspirações do povo sírio" e o fim da interferência estrangeira.

"Manifestamos a nossa esperança de que o processo de transição de poder seja conduzido de acordo com as aspirações do povo sírio, abrindo caminho a um governo independente que sirva (o povo) e seja islâmico", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.

E prosseguem: "Encorajamos a adoção de uma política externa construtiva, que permita à Síria avançar sem interferências externas".

Foi após a morte do seu pai, Hafez Al-Assad, no ano de 2000, que Bashar Al-Assad ascendeu ao poder na Síria, onde ocupou o cargo de Presidente do país até este domingo, quando os rebeldes da oposição tomaram a capital Damasco. 

O Presidente do Conselho Europeu, o português António Costa, considerou hoje que o fim da "ditadura de Assad" é uma "nova oportunidade de liberdade e de paz para o povo sírio".

"A ditadura de Assad causou imenso sofrimento. Com seu fim, surge uma nova oportunidade de liberdade e paz para todo o povo sírio", considerou Costa numa mensagem na rede social X.

O Presidente do Conselho Europeu acrescentou que so regime na Síria "também é crucial para a estabilidade mais ampla da região", garantindo ainda que a União Europeia "está pronta para trabalhar com o povo sírio por um futuro melhor".

A posição ocorre depois de a chefe da diplomacia da União Europeia (UE) ter considerado como "positiva" a queda de Bashar al-Assad, mostrando a fraqueza do apoio russo e iraniano.

"O fim da ditadura de Assad é um desenvolvimento positivo e há muito esperado. Também mostra a fraqueza dos apoiantes de Assad, a Rússia e o Irão", disse Kaja Kallas numa publicação na rede social X.

Kallas acrescentou que a prioridade da UE é "garantir a segurança" na região.

Comprometendo-se a trabalhar com "todos os parceiros construtivos" na Síria e, de forma mais ampla, na região, a responsável europeia alertou para o processo de reconstrução do país, temendo que seja longo e difícil.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou hoje a queda do Presidente sírio, Bashar al-Assad, dizendo que este acontecimento marca "um dia histórico", representando o fim de "um nódulo central do eixo do mal".

"Este é um dia histórico na história do Médio Oriente" e "uma consequência direta dos golpes que desferimos no Irão e no Hezbollah, os principais apoiantes do regime de al-Assad", disse Netanyahu.

"Não permitiremos que nenhuma força hostil se estabeleça na nossa fronteira", disse o líder israelita, acompanhado pelo seu ministro da Defesa, Israel Katz, numa visita ao ponto de observação dos Montes Golã, na fronteira com a Síria.

A Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada em dezembro de 2015, foi aprovada com o objetivo de se definir uma solução política para a guerra civil na Síria, que eclodira em 2011, e de se estabelecer um processo de transição política, sob a égide da ONU.

O paradeiro de Bashar al-Assad é desconhecido, depois de os rebeldes liderados por islamitas radicais terem anunciado a queda do presidente da Síria, cujo regime era controlado há mais de 50 anos pela família Assad.

De acordo com a agência Reuters, que cita duas fontes séniores do exército sírio, Bashar al-Assad saiu de Damasco, capital da Síria. “Assad deixou a Síria através do aeroporto internacional de Damasco antes de os membros das forças armadas e de segurança abandonarem” o local, reportou também a AFP, citando o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane. Até ao momento, não se sabe se o presidente da Síria abandonou Damasco com a mulher Asma e os dois filhos.

Segundo a Reuters, um avião da Syrian Air descolou do aeroporto da capital quando a cidade foi tomada pelas forças rebeldes. Com base no site Flightradar, a agência anglo-saxónica escreveu que o avião em causa voou em direção à região costeira da Síria, para uma zona da fação alauíta de Assad, tendo mais tarde invertido a trajetória. Depois, o avião desapareceu do radar.

O chefe da diplomacia turca congratulou-se hoje por o Governo sírio ter entrado em colapso com a entrada de rebeldes islâmicos em Damasco, expulsando o presidente Bashar al-Assad e encerrando cinco décadas de governo do Partido Baath.

"O regime de al-Assad entrou em colapso e (o poder) no país mudou de mãos", disse Hakan Fidan no Fórum de Doha, que se realiza no Qatar.

"É claro que isto não aconteceu da noite para o dia. O país está em crise há 13 anos", acrescentou Fidan, sublinhando que a Turquia, que apoia o movimento que tomou Damasco, está em contacto com os rebeldes sírios para garantir a segurança.

Nesse sentido instou os atores internacionais e regionais a ajudarem a garantir uma "transição suave" na Síria. 

Fidan avisou que qualquer novo governo na Síria não deve ameaçar os países vizinhos, esclarecendo que, antes do Fórum de Doha, a Turquia tinha trabalhado com os sírios e os atores regionais e internacionais para "assegurar aos países da região que a nova administração e a nova Síria não representarão uma ameaça para os vizinhos".

"Pelo contrário, a nova Síria resolverá os problemas existentes e eliminará as ameaças", sustentou.

As duas fontes sírias citadas pela Reuters defendem "que existe uma grande probabilidade" de o avião ter caído e de Assad ter morrido. “Desapareceu do radar, possivelmente o transponder foi desligado, mas acredito que o mais provável é que o avião tenha sido abatido”, disse uma das fontes.

O recolher obrigatório vai vigorar por cerca de 13 horas na capital da Síria por decisão da aliança rebelde síria liderada pelo grupo 'jihadista' Hayat Tahrir al Sham (HTS).

O Comando de Coordenação Militar, estrutura liderada pelo HTS e na qual participam grupos armados relacionados com a Turquia, informou a população do recolher obrigatório, que se iniciou pelas 16:00 (13:00 de Lisboa) até às 05:00 da manhã.

O grupo não especifica os motivos do recolher obrigatório, mas durante as últimas horas Israel desencadeou vários ataques contra instalações situadas nos arredores da capital, como confirmaram fontes de segurança ao Canal 12 da televisão nacional israelita.

Fontes do jornal israelita Yedioth Aharonoth confirmaram ataques israelitas contra o aeroporto militar Al Mezza, em Damasco, e outros alvos em Deraa e Sueida, no sul do país, para destruir "depósitos de munições e mísseis" que poderiam ser utilizados para atacar Israel.

Os insurgentes declararam Damasco "livre" do Presidente Bashar al-Assad após 12 dias de ofensiva lançada por uma coligação rebelde.

O Presidente sírio, no poder há 24 anos, deixou o país perante a ofensiva rebelde, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), desconhecendo-se, para já, o seu paradeiro.

Rússia, China e Irão manifestaram preocupação pelo fim do regime, enquanto a maioria dos países ocidentais e árabes se mostrou satisfeita por Damasco deixar de estar nas mãos do clã Assad.

No poder há mais de meio século na Síria, o partido Baath foi, para muitos sírios, um símbolo de repressão, iniciada em 1970 com a chegada ao poder, através de um golpe de Estado, de Hafez al-Assad, pai de Bashar, que liderou o país até morrer, em 2000.

A França celebrou hoje a queda do regime de Bashar al-Assad, afirmando que devem permanecer as tréguas e que a integridade territorial da Síria deve ser preservada, assim como as instituições do Estado numa transição pacífica.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês considerou hoje um "dia histórico para a Síria e para o povo sírio" devido ao fim do regime de Assad, após "mais de 13 anos de repressão e grande violência".

Basher al-Assad deixa um país "esvaziado de uma grande parte da sua população que, se não foi para o exílio, foi massacrada, torturada e bombardeada com armas químicas pelo regime e pelos seus aliados", segundo a mesma fonte.

Agora é o momento é "o momento da unidade" e para isso apelou ao "silêncio das armas, à preservação das instituições do Estado, ao respeito pela soberania e integridade territorial da Síria".

Também deve existir "uma transição política pacífica que respeite a diversidade do povo sírio, protegendo os civis e todas as minorias, em conformidade com o direito internacional", numa rejeição de "qualquer forma de extremismo".

A diplomacia francesa convidou ainda os seus parceiros a fazerem tudo o possível para ajudar os sírios a entrar "no caminho da reconciliação e da reconstrução através de uma solução política inclusiva" e que respeita " a vontade do povo".

Centenas de refugiados sírios residentes no Líbano atravessaram hoje a fronteira de regresso ao seu país, poucas horas depois de ter sido expulso o presidente Bashar al-Assad e encerrando cinco décadas de governo do Partido Baath.

Segundo descreve a agência de notícias EFE, na principal passagem fronteiriça entre o Líbano e a Síria, Masnaa, longas filas de veículos aguardam para entrar no território sírio.

Vive-se uma atmosfera festiva entre gritos de "Alá é grande" e slogans contra o homem que liderou o país durante quase 25 anos.

Os refugiados sírios viajam com bandeiras da oposição síria.

O Governo do Líbano estima que cerca de 1,5 milhões de refugiados sírios vivam no país, dos quais mais de 800.000 estão registados na Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Desde o início do conflito em 2011, centenas de milhares de sírios fugiram do território por medo da repressão por parte do Governo e do Exército sírios, uma grande parte deles para o Líbano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, admitiu hoje que o Presidente sírio, Bashar al-Assad, está provavelmente fora do país, depois de os rebeldes islâmicos terem anunciado a sua fuga.

Assad "está provavelmente fora da Síria", indicou Fidan no Fórum de Doha, uma conferência internacional a decorrer no Qatar, respondendo a uma questão sobre o paradeiro do líder sírio e se a sua vida estaria em perigo.

"Não tenho a certeza. Não posso comentar sobre isso. Penso que ele está fora da Síria", respondeu Fidan.

O turco salientou ainda que nos últimos dias não houve qualquer comunicação entre Damasco e Ancara, uma vez que, apesar dos esforços turcos para alertar o regime para a sua fraqueza, "não houve resposta".

O chefe da diplomacia turca referiu que o seu país esteve em contacto com rebeldes na Síria para garantir que o grupo Estado Islâmico e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) não aproveitam a queda do regime de Damasco para alargar a sua influência.

"Devemos estar vigilantes durante este período de transição. Estamos a comunicar com os grupos para garantir que as organizações terroristas, particularmente o 'Daesh' (sigla em árabe para o Estado Islâmico) e o PKK não se aproveitem da situação", informou.

A Rússia alertou hoje para o destino que terão as bases militares que mantém na Síria -- a aérea de Hmeimim e a naval de Tartus -- após a queda do regime sírio e a tomada de Damasco pelas forças rebeldes.

"A situação na Síria é complexa [com o fim do regime do Presidente Bashar al-Assad], mas a Rússia defende os seus interesses de forma consistente, e em particular no que diz respeito às suas bases militares", disse o presidente do Comité de Defesa da Duma (Câmara dos Deputados), Andrei Kartapolov, à agência russa Interfax.

O legislador recordou a "retirada desvantajosa" das tropas soviéticas da Alemanha e de outros países, após a implosão da então União Soviética (em 1991), e apelou a "não se fazerem quaisquer gestos de boa vontade".

"Devemos defender os interesses do nosso país, aos quais, a rigor, o nosso Presidente (Vladimir Putin) se dedica", concluiu.

Por sua vez, o vice-presidente do Senado russo, Konstantin Kosachev, escreveu na rede social Telegram que os acontecimentos na Síria "são um golpe muito duro para todos, sem exceção".

"De uma forma ou de outra, a guerra civil não terminará hoje, há muitos interesses conflitantes e forças opostas. Incluindo grupos abertamente terroristas. E é por isso que o mais difícil ainda está por vir", alertou.

O senador deu a entender que a Rússia está a lavar as mãos do conflito.

"Mas se o povo da Síria continuar a precisar do nosso apoio, continuará a tê-lo. Caberá aos sírios enfrentá-lo eles próprios", disse.

Por seu lado, o presidente do Comité de Relações Exteriores da Duma, Leonid Slutski, sublinhou que a Rússia continua a defender "a integridade territorial da Síria, o diálogo inclusivo e os mecanismos democráticos para a transferência de poder através de meios pacíficos".

O deputado disse hoje à imprensa que "a Síria atravessa um período complexo e trágico" desde que ocorreu "o derrube do Governo com recurso a forças extremistas".

"Isto representa, sem dúvida, um impacto para toda a região tendo em conta os múltiplos fatores de instabilidade no Médio Oriente", afirmou.

Slutski salientou que, até agora, "a variante mais sangrenta do desenvolvimento dos acontecimentos foi evitada" graças ao facto de o primeiro-ministro sírio, Mohamed Ghazi al-Jalali, ter prometido aos rebeldes uma transição pacífica.

"Mas ninguém pode garantir que os confrontos terminarão assim", alertou.

As forças rebeldes lideradas por islamitas radicais já tomaram o palácio presidencial em Damasco, capital da Síria, dá conta a Al Jazeera.

Os rebeldes sírios anunciaram este domingo na televisão estatal a queda do presidente Bashar al-Assad e a “libertação” do país do regime controlado pela família Assad há 53 anos. Entretanto, a bem-sucedida ofensiva relâmpago que tomou o controlo de Damasco, levando multidões para as ruas, já terá ocupado o palácio presidencial.

A Al Jazeera publicou fotografias da tomada do palácio.

Segundo testemunhas contactadas pela AFP, várias dezenas de pessoas reuniram-se na Praça Umayyad, no centro de Damasco. Há tiros de celebração e ouvem-se invocações religiosas nos altifalantes das mesquitas.

Bashar al-Assad deixou a capital no momento em que as forças opositoras tomaram a capital. O paradeiro do Chefe de Estado deposto permanece desconhecido.

Há mais de uma década que a Síria atravessa um conflito entre forças do regime de Assad e opositores. A revolta contra o regime gerou conflitos em diferentes zonas do país, desde 2011, e já envolveu outros países. Com o apoio militar da Rússia, do Irão e do movimento Hezbollah, al-Assad reconquistou uma grande parte do país em 2015 e a totalidade de Alepo em 2016, cuja parte oriental tinha sido tomada pelas forças rebeldes em 2012.

A oposição no exílio já anunciou estar a trabalhar pela transição de poder.

O Governo britânico saudou hoje a queda do regime de Bashar al-Assad e apelou a uma “resolução política” na Síria, enquanto o enviado da ONU para Damasco pediu “cautela num momento decisivo” para o país.

Em Londres, a vice-primeira-ministra e também ministra da Coesão Territorial, Angela Rainer, num programa no canal televisivo Sky News, saudou, ainda que com reticências, o colapso do regime de Bashar al-Assad às mãos dos insurgentes liderados pela Organização de Libertação do Levante (OLL ou Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), que tomaram Damasco após 12 dias de ofensiva quase sem resistência.

“A situação parece muito grave e se o regime caiu, saúdo a notícia, mas o que precisamos é de ver uma resolução política alinhada com as resoluções da ONU”, disse Rayner.

De acordo com a política trabalhista, é necessário “ver protegidos os interesses dos civis e das infraestruturas, pois há muitas pessoas que perderam a vida e é preciso estabilidade na região”.

A vice-primeira-ministra referiu que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lamy, está a trabalhar em conjunto e lembrou que o chefe da diplomacia “foi muito claro sobre a saída de civis britânicos da Síria”.

“Colocamos em prática um plano para garantir que as pessoas fossem retiradas mais cedo do que aconteceu neste fim de semana e continuamos a apoiar os nossos cidadãos britânicos”, disse ele.

Rayner também observou que Bashar al-Assad, que fugiu de Damasco, desconhecendo-se o paradeiro, “não foi exatamente bom para os sírios” e que “a ditadura e o terrorismo criam problemas para os sírios, que já sofreram muito, e também desestabilizam a região”.

“É por isso que temos que ter uma solução política onde o Governo atue a favor dos interesses dos sírios”, acrescentou.

Também o enviado das Nações Unidas para a Síria, Geir Pedersen, apelou a "esperanças cautelosas" após a tomada de Damasco por rebeldes islâmicos, que considerou tratar-se de um "momento decisivo" que pôs fim a meio século de poder do clã Assad.

Num comunicado, Pedersen indicou que os quase 14 anos de guerra civil na Síria foram “um capítulo negro (que) deixou cicatrizes”. 

“Hoje, olhamos para o futuro com esperanças cautelosas de abertura... paz, reconciliação, dignidade e inclusão para todos os sírios”, salientou.

Quem também pediu aos seus cidadãos que abandonem a Síria foram a Suécia, Dinamarca e Polónia, “tendo tendo em conta que a situação é "grave" e está a mudar muito rapidamente, o que pode implicar o encerramento de aeroportos e o cancelamento de voos.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros insta os suecos na Síria a deixarem o país utilizando os meios de transporte e rotas de viagem disponíveis, se for possível fazê-lo sem arriscar a segurança pessoal”, disse a chefe da diplomacia, Maria Malmer Stenergard, em declarações à agência TT.

Stenegard acrescentou que a Suécia tem muito poucas possibilidades de ajudar os cidadãos que, apesar das advertências em sentido contrário, viajam para a Síria.

Também na vizinha Dinamarca, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Lars Lokke Rasmussen, afirmou que Copenhaga está a acompanhar de perto os acontecimentos na Síria.

"A situação na Síria vai ter um grande impacto em toda a situação no Médio Oriente. Neste momento os acontecimentos no terreno são muito dinâmicos e o Governo está a acompanhar de perto a situação", afirmou em declarações citadas pela agência dinamarquesa Ritzau.

Na Polónia, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Pawel Wronski, garantiu à agência PAP que, neste momento, Varsóvia não tem informações sobre cidadãos polacos que possam necessitar de ser retirados da Síria.

“A nossa representação na Síria [deslocada para Beirute] e o Ministério dos Negócios Estrangeiros estão a acompanhar a situação, que é muito dinâmica. E devido à incerteza da situação, a nossa representação emitiu um alerta”, declarou Wronski.

O porta-voz indicou que, uma vez que o regime sírio parece estar a desintegrar-se por si só, a situação poderá, "paradoxalmente", acalmar-se a curto prazo.

Por fim, e apesar dos apelos dos rebeldes para que não se destruam nem se ataquem instituições do Estado e edifícios diplomáticos, a televisão estatal iraniana adiantou hoje que a embaixada do Irão em Damasco foi saqueada, transmitindo imagens filmadas na capital síria pelo canal de televisão saudita al-Arabiya.

“Pessoas desconhecidas atacaram a embaixada iraniana, como podem ver nestas imagens difundidas por vários canais estrangeiros”, afirmou a televisão estatal iraniana, após a entrada em Damasco da coligação rebelde que anunciou a queda de al-Assad, de quem o Irão tem sido um aliado inabalável.

O mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coligação Nacional Síria (CNFROS), anunciou hoje estar a trabalhar para concluir a transferência do poder no país para um órgão governamental de transição com pleno poder executivo".

"A Coligação Nacional confirma à comunidade internacional que continua a trabalhar para completar a transferência de poder para um órgão governamental de transição com plenos poderes executivos, para alcançar uma Síria livre, democrática e pluralista", afirmou num comunicado.

O CNFROS declarou também o seu "interesse na segurança dos países vizinhos e na não interferência dos sírios nos países vizinhos".

Na nota refere ainda que "espera estabelecer parcerias estratégicas com países da região e do mundo com o objetivo de reconstruir novamente a Síria, para todo o seu povo, independentemente da sua etnia, religião ou seita".

O CNFROS felicita ainda o povo sírio, pela libertação da Síria de Al Assad, após 14 anos de luta pacífica e armada, pela liberdade, dignidade, democracia, justiça e uma vida segura e digna.

"A grande revolução síria quebrou décadas de tirania e opressão e criou um novo nascimento para a grande Síria. Hoje passou da fase da luta para derrubar o regime de Al Assad para a luta para construirmos juntos uma Síria digna", disse.

Por esta razão, apelou aos cidadãos "de todas as províncias sírias para que tomem o máximo cuidado com os bens públicos, edifícios e instalações de todos os tipos, uma vez que pertencem ao povo e não ao regime terrorista de Bashar al Assad".

O Presidente norte-americano está a seguir "os acontecimentos" na Síria, onde o rebeldes reivindicaram a tomada de Damasco e garantiram que Bashar al-Assad fugiu do país, disse hoje a Casa Branca.

Joe Biden e "a equipa seguem atentamente os acontecimentos na Síria e estão em contacto permanente" com entidades regionais dos Estados Unidos, indicou o porta-voz do Conselho de Segurança Sean Savett, nas redes sociais.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou também hoje que o Presidente sírio, Bashar al-Assad, deixou o país, perante a ofensiva rebelde.

"Assad deixou a Síria [e saiu] pelo aeroporto de Damasco, antes da retirada dos membros das forças armadas e de segurança" do local, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor da organização não-governamental, Rami Abdel Rahmane, referindo-se ao Presidente da Síria, que dirige o país há 24 anos.

Também s forças rebeldes na Síria anunciaram "a fuga do tirano", o Presidente Bashar al-Assad, depois de terem tomado Damasco.

"O tirano Bashar al-Assad fugiu (...) proclamamos a cidade de Damasco livre", anunciou a coligação de grupos rebeldes em mensagens partilhadas na plataforma Telegram.

"Depois de 50 anos de opressão sob o poder do [partido] Baas, e 13 anos de crimes, de tirania e de deslocações [forçadas] (...) anunciamos hoje o fim deste período negro e o início de uma nova era para a Síria", acrescentou.

Bom dia

Iniciamos aqui um liveblogue para acompanhar a situação na Síria num dia em que grupos rebeldes anunciaram, num discurso na televisão pública síria, a queda do 'tirano' Bashar al-Assad, garantindo que libertaram todos os prisioneiros detidos 'injustamente' e apelando aos cidadãos e combatentes que preservem as propriedades do Estado.

Nove pessoas apareceram no écran da televisão pública, tendo um deles lido um comunicado de imprensa, atribuído à "célula de operações para a libertação de Damasco", que anunciava "a libertação da cidade de Damasco, a queda do tirano Bashar al-Assad, a libertação de todos os prisioneiros injustamente (detidos) nas prisões do regime".

O exército israelita anunciou hoje que se posicionou na zona tampão desmilitarizada dos montes Golã, no sudoeste da Síria, no limite da parte deste planalto ocupada e anexada por Israel.

"À luz dos desenvolvimentos na Síria e com base [...] na possibilidade de grupos armados entrarem na zona tampão, [o exército de Israel] destacou forças para a zona em vários pontos-chave necessários para a defesa, a fim de garantir a segurança dos montes Golã e das comunidades e cidadãos israelitas", afirmaram as forças armadas, num comunicado.

O exército israelita acrescentou que "não interveio" nos acontecimentos na Síria, onde grupos rebeldes liderados por radicais islâmicos anunciaram hoje a queda do regime de Bashar al-Assad, cujo paradeiro é ainda desconhecido, após uma fulminante ofensiva lançada em 27 de novembro em toda a Síria.

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, "fugiu" da Síria depois de perder o apoio da Rússia, seu protetor, afirmou hoje o chefe de Estado eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na plataforma social Truth.

"Al-Assad ssad foi-se embora. Ele fugiu do seu país. O seu protetor, a Rússia, liderada por [o Presidente] Vladimir Putin, já não o queria proteger", escreveu Trump, que tomará posse em 20 de janeiro de 2025.

Segundo Trump, a Rússia "perdeu todo o interesse na Síria por causa da Ucrânia, onde cerca de 600.000 soldados russos estão feridos ou mortos, numa guerra que nunca deveria ter começado e que pode durar para sempre".

"A Rússia e o Irão estão atualmente enfraquecidos, um por causa da Ucrânia e de uma má economia, o outro por causa de Israel e dos seus sucessos em combate", acrescentou Trump.

Tiros de celebração e invocações religiosas ouviram-se nos altifalantes das mesquitas, em Damasco, que ainda a recuperar da notícia da "fuga" do Presidente Bashar al-Assad, acordou na madrugada de domingo sob o controlo dos rebeldes.

Segundo testemunhas contactadas pela AFP, várias dezenas de pessoas reuniram-se na Praça Umayyad, no centro de Damasco, para celebrar a queda do clã Assad, no poder há mais de meio século, num país dilacerado por uma mortífera guerra civil desde 2011.

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