Ataques israelitas em Rafah causam "cerca de 100 mortos", diz Hamas
Vários ataques aéreos israelitas causaram esta segunda-feira “cerca de 100 mortos” em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, disse hoje o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
Num novo balanço, o Ministério elevou de 52 para “cerca de 100 mortos” a estimativa dos ataques contra a cidade situada no extremo sul de Gaza, junto à fronteira com o Egito.
O Ministério tinha indicado que os ataques atingiram 14 casas e três mesquitas em diferentes áreas de Rafah.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram terem realizado “uma série de ataques contra alvos terroristas na área de Shabura”, uma zona de Rafah, de acordo com um comunicado.
O exército israelita acrescentou que os ataques no sul da Faixa de Gaza já terminaram, sem adiantar quaisquer informações sobre alvos ou possíveis danos e vítimas.
O exército israelita acrescentou que “três terroristas foram mortos no edifício”, indicou num relatório preliminar.
De acordo com autoridades palestinianas, a operação de libertação dos reféns causou a morte de pelo menos sete pessoas.
No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao exército que preparasse uma ofensiva contra Rafah, onde chegaram, nas últimas semanas, mais de 1,3 milhões de palestinianos em fuga da guerra.
Londres pede a Telavive para "pensar seriamente" antes de atacar Rafah
O Reino Unido apelou entretanto a Israel para "pensar seriamente" antes de lançar uma grande ofensiva em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza que se tornou no último refúgio para centenas de milhares de palestinianos.
"Queremos que Israel pare e pense seriamente antes de tomar novas medidas", disse aos jornalistas o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron.
"Estamos muito preocupados com o que está a acontecer em Rafah, porque, sejamos claros, as pessoas que lá estão mudaram-se muitas vezes: quatro, cinco ou seis vezes antes de lá chegarem (...), não têm para onde ir", disse ainda o chefe da diplomacia britânico.