"Armadilhas de assassinato em massa". Israel acusado de matar 26 palestinianos durante distribuição de ajuda
Pelo menos 26 palestinianos foram mortos a tiros neste domingo, em Gaza, durante uma distribuição de alimentos. O caso aconteceu em Al-Alam", na província de Rafah. Em comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza, acusa as forças israelitas de atirar "no peito e na cabeça" das vítimas, "confirmando a insistência da ocupação em matar civis brutalmente".
Mais de 200 pessoas foram levadas para atendimento médico. "Há mártires e feridos. Muitos feridos. É uma situação trágica neste lugar. Aconselho-os a que ninguém vá aos pontos de entrega de ajuda. Basta", disse o paramédico Abu Tareq no Hospital Nasser, na cidade vizinha de Khan Younis, citado pela agência Reuters.
A distribuição da ajuda humanitária foi realizada pela GHF, uma fundação privada apoiada por Israel e pelos Estados Unidos. "A ocupação israelita está a utilizar o novo mecanismo que criou para distribuir ajuda na Faixa de Gaza a armadilhas de assassinato em massa na Faixa e como ferramenta para a evacuação forçada dos moradores da Faixa de Gaza", acusa o ministério em outro comunicado publicado no Facebook.
A mesma agência refere que o Crescente Vermelho Palestino local, afiliado à Cruz Vermelha Internacional, informou que suas equipes médicas recuperaram os corpos de 23 palestinos e trataram outros 23 feridos perto de um posto de coleta de ajuda humanitária em Rafah.
Ainda de acordo com a Reuters, as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês), afirmaram que "atualmente não têm conhecimento" dos ferimentos causados pelos disparos no local, mas que estão a investigar o caso.