O Departamento de Justiça dos EUA anunciou a criação de uma task-force para investigar o ex-presidente Barack Obama e vários membros da sua administração, na sequência de alegações feitas pela atual diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard. Em causa estão acusações de traição, devido a uma suposta conspiração para promover a narrativa de que Donald Trump teria colaborado com a Rússia durante as eleições presidenciais de 2016.A decisão surge após a divulgação de um relatório confidencial do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes, que aponta fragilidades nas provas usadas para concluir que Vladimir Putin preferia Trump a Hillary Clinton. Segundo o documento, o então diretor da CIA, John Brennan, terá pressionado analistas a validar essa tese, apesar da falta de provas concretas. A nova task-force irá avaliar as medidas legais a tomar face ao que a procuradora-geral Pam Bondi classificou como “instrumentalização política dos serviços de inteligência”.Nesta quinta-feira, 24 de julho, dois senadores republicanos, Lindsey Graham e John Cornyn, ambos membros do comité judiciário, pediram a Bondi para nomear um conselheiro especial para o que chamaram de "abuso de poder claro e sem precedentes" pela administração Obama.Apesar do impacto político da decisão, não foi identificada, até ao momento, qualquer acusação criminal concreta. Especialistas citados pelos media norte-americanos alertam que, mesmo que houvesse fundamento legal, muitos dos possíveis crimes já estariam prescritos. A equipa de Obama já rejeitou as acusações, classificando-as como “ridículas” e “uma tentativa fraca de desviar atenções” do caso Epstein, que vai cercando Trump. Vários senadores democratas também já reagiram, sublinhando que as investigações anteriores, incluindo do Senado, confirmaram a interferência russa para beneficiar Trump..Obama responde a acusações de traição da administração Trump