Indústria tenta impedir Aurous: o novo player de música pirateada

Lançado no fim de semana passado, o novo serviço da <a href="https://aurous.me/" target="_blank">Aurous </a>- uma espécie de "Spotify de música pirateada" - já tem de lutar contra um processo de centenas de milhares de dólares interposto pela indústria discográfica norte-americana. Mas a empresa tem uma defesa astuciosa e diz que não tem música alojada nos servidores, sendo apenas um player capaz de ir buscar música a várias fontes.
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"Não se preocupem, não vamos a lado nenhum, processos judiciais vazios não vão parar a inovação do próximo melhor player de media", declarou a empresa no Twitter, em resposta ao processo da Recording Industry Association of America (RIAA).

Ainda em fase de lançamento e testes, a Aurous não teve muito tempo para se tornar conhecida até que a RIAA iniciasse um processo para que o serviço seja encerrado e a empresa seja multada em 131 mil euros (150 mil dólares) em cada instância por facilitar a violação de direitos de autor.

O fundador da Aurous, Andrew Sampson, reagiu com surpresa: "Quando entramos num campo de minas, podemos esperar magoar-nos um bocadinho. Mas não estamos a alojar nada, funcionamos de forma descentralizada, à semelhança do BitTorrent, de maneira que podemos partilhar informação sem a alojarmos. Nada passa pelos nossos servidores", explicou, em entrevista à Billboard.

Assim, a empresa alega que a Aurous é apenas um player de música que permite aceder a vários serviços como o Spotify, o SoundCloud e o Youtube. Mas as principais fontes de conteúdo são sites russos (Pleer e VK) que não são propriamente conhecidos dos fãs de música mas que a RIAA acusa, ainda assim, acusa de violar direitos de autor. Além disso, apesar de o mentor ter definido o player como o "PopCorn Time da música", o utilizador não se limita a ouvir a música desejada online - há uma descarga efetiva de um ficheiro mp3 que fica guardado para uso futuro.

"Os réus conceberam o seu serviço especificamente para procurar e obter essas cópias de um conjunto cuidadosamente selecionado de fontes online famosas por oferecer música pirateada, pelo que os réus estão a encorajar e a ajudar abertamente a infração [dos direitos de autor] das músicas do queixoso", afirmou a RIAA no processo.

Se o processo for bem sucedido, os motores de busca poderão bloquear a Aurous imediatamente.

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