Grécia: manifestantes voltam a bloquear ministérios

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Os protestos continuam na Grécia. Manifestantes bloquearam de novo os edifícios dos ministérios e os funcionários públicos voltaram hoje à greve, precisamente no dia em que os inspectores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional fazem uma visita ao país, fundamental para decisão de entregar, ou não, a Atenas uma nova tranche da ajuda internacional, no valor de 8 mil milhões de euros.

Por todo o país começam a surgir novas frentes anti-austeridade e, as greves parecem ser a única forma que os gregos encontram para se fazerem ouvir. Os funcionários públicos recebem as recentes medidas com novos protestos nos ministérios, enquanto os funcionários municipais e professores, prometem abandonar os postos de trabalho. Para a semana que vem, também já está anunciada a paralisação de funcionários hospitalares e prisionais.

Quanto às autoridades fiscais e bancárias, têm protesto marcado para a próxima semana, com os profissionais da advocacia a pensarem em juntar-se a estes. A classe laboral grega está contra os projectos do governo que visam reduzir os salários em cerca de 40% até ao final do ano e propõem reduzir cerca de 30 mil empregos. Considera-se o aumento de impostos e até a criação de novos impostos extraordinários. Na calha está ainda a redução dos valores das pensões.

De sublinhar que a Grécia apresenta um défice cinco vezes maior que o permitido pelas normas europeias e por isso a ordem do Executivo é poupar tanto quanto se conseguir, e fazê-lo de forma eficaz. Isto é o exigido pela UE, FMI e Banco Central Europeu, e parte de um plano de resgate abrangente e que obriga o país a novas medidas. Se tudo correr como o esperado a troika apresenta o relatório grego no dia 24 de Outubro.

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