Grécia evita falência e trava crise

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O Parlamento de Atenas deu ontem luz verde a mais um duro pacote

de medidas de austeridade. A Grécia consegue escapar para já à

bancarrota, mas a violência nas ruas promete subir de tom. Apesar

disso a Europa respira de alívio, porque o risco de contágio da

crise a outros países, que ameaçava a estabilidade da Zona Euro e

mundial, pôde ser travado.

A implementação das novas medidas venceu por uma maioria de 155

votos a favor, apesar da dissidência de Panayotis Kouroublis, um

dos deputados socialistas do PASOK, o partido no governo.

Esta decisão valeu-lhe a exclusão imediata do grupo palamentar,

mas o resultado na votação final acabaria por ser anulado, já

que um deputado da direita conservadora, na oposição, também

contrariou o sentido de voto do seu partido. Contas feitas, dos 298

deputados presentes, num total de 300 assentos parlamentares, 138

chumbaram o novo plano a cinco anos e cinco abstiveram-se. Numa

declaração conjunta, em Bruxelas, os presidentes da Comissão

Europeia, Durão Barroso, e da União Europeia, Herman van Rompuy,

saudaram a decisão do Parlamento grego, considerando que se tratou

de um "voto de responsabilidade nacional".

Sem a aceitação no Parlamento das novas medidas, UE e FMI

recusavam libertar, em Julho, os 12 mil milhões correspondentes à

quinta tranche do empréstimo de 110 mil milhões de euros a três

anos, concedido à Grécia em Maio de 2010.

Se esta parcela não entrar, a Grécia não conseguirá honrar os

compromissos de dívida no próximo mês, entrando em incumprimento,

o que poderia levar a um efeito de dominó de dimensões

imprevisíveis. Mas para Atenas receber o dinheiro, o Parlamento terá

ainda que dar hoje também luz verde à implementação das medidas

concretas do programa.

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