O Governo anunciou esta quinta-feira o aumento do salário mínimo nacional para 870 euros, mais 50 euros do que o valor atual, a partir de 2025, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.."Aprovámos o decreto-lei que aumenta o salário mínimo nacional, para o ano de 2025, para 870 euros", anunciou António Leitão Amaro, no final da reunião do Conselho de Ministros..O salário mínimo está, atualmente, fixado em 820 euros. .O governante referiu que em causa está uma trajetória acordada com os parceiros sociais, que prevê que o salário mínimo ultrapasse os 1.000 euros em 2028..Leitão Amaro sublinhou que este é um aumento justo e importante, "significativamente superior ao que tinha sido prometido pelo Governo do PS".."É um esforço significativo para aqueles que mais precisam", concluiu o ministro da Presidência. .Governo diz que segurança "não é banalizável" e atribui críticas a "consciência pesada".O ministro da Presidência defendeu esta quinta-fera que "a garantia da segurança dos portugueses não é um tema banalizável", atribuindo as críticas da oposição à desvalorização desta matéria e até a "consciência pesada"..Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, Leitão Amaro foi questionado se a conferência de imprensa do primeiro-ministro na quarta-feira, em horário nobre televisivo, a partir de São Bento, sobre segurança não poderia banalizar este tipo de comunicações.."Não, o tema da segurança não é banalizável. E, sim, quando o primeiro-ministro fala, com os ministros, com os chefes das forças de segurança ao lado, está a dar a importância que o tema tem, e que o tema tem para o governo e que o tema da segurança tem para os portugueses", defendeu..Para o ministro, "quem tem falado no espaço público provavelmente discorda desse tema", numa resposta às críticas da oposição e, em particular, ao PS.."Provavelmente, não pode dizer como dizemos, que tomaram medidas para que a capacidade, a valorização das forças de segurança, dos seus agentes de polícias e guardas fosse reforçada como este Governo está a reforçar. Mas isto não é sobre exercícios de consciência ou de consciência pesada de alguns", afirmou. .Leitão Amaro acusou ainda alguns atores políticos de "não compreenderem o país", nem as prioridades dos portugueses.."Se há quem não compreenda a importância para os portugueses da preservação da sua segurança, os portugueses podem saber que este Governo compreende. Para este Governo garantir a segurança dos portugueses é uma prioridade clara e, infelizmente, há quem não compreenda isso", apontou..O ministro considerou que, para que Portugal continue a ser "um dos países mais seguros do mundo", o Governo tem de garantir que, nos momentos de maior tensão, as forças de segurança portuguesas podem atuar "com grande qualidade e abnegação".."E por isso é preciso agradecer às forças de segurança e foi também isso que o Governo português fez e que o primeiro-ministro e as ministras fizeram", disse, reiterando o orgulho do executivo nesse trabalho.."Quem acha que o país ser seguro é um dado que se pode dar por adquirido e que não se tem que fazer e lutar por ele e por essa segurança, creio que não compreendeu bem o que é o país e o que é que os portugueses querem", insistiu..Governo garante que são "novos e adicionais" os concursos para veículos da PSP e GNR.Ainda a propósito do tema segurança, o ministro da Presidência garantiu que "é uma decisão exclusiva deste Governo" a compra de cerca de 650 veículos para PSP e GNR, considerando que se trata de "um novo concurso e de uma aquisição adicional".."Aprovámos uma despesa nova de 20 milhões de euros em concursos novos para pagamentos novos para a compra de 650 viaturas novas para as forças de segurança", disse António Leitão Amaro, na conferência de imprensa realizada após o Conselho de Ministros onde foi aprovada a verba..A autorização da despesa de cerca de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para PSP e GNR tinha sido anunciado na quarta-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro..O antigo ministro da Administração Interna José Luís Carneiro disse hoje que os investimentos anunciados pelo primeiro-ministro "já tinham sido planeados e iniciados pelo Governo do Partido Socialista"..Numa nota enviada à agência Lusa, José Luís Carneiro diz que o concurso já "estava em preparação" e "com financiamento estabelecido"..O ministro da Presidência assegurou que se "trata efetivamente de novas e adicionais" aquisições, sendo uma "decisão exclusiva deste Governo".."Uma coisa era um concurso e uma decisão passada para apenas adquirir carros, e não carros, motos e veículos pesados como agora este Governo está a executar e a pagar", frisou..Segundo Leitão Amaro, este Governo "identificamos as necessidades concretas" das forças de segurança e "decidiu hoje aprovar estes 20 milhões de euros".."Que não haja confusão e não se intoxique o debate público com informações que não são verdadeira", precisou..Governo cria regime que permite construir em solos rústicos.O Governo vai criar um regime excecional, que permite a construção e urbanização onde hoje não é possível, nomeadamente em solos classificados como rústicos, mediante autorização dos órgãos municipais, foi hoje anunciado..O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou, no final da reunião do Conselho de Ministros, que o Governo aprovou medidas para "cortar na burocracia", nomeadamente através da criação de um "regime excecional que permite, por decisão dos órgãos municipais, que seja possível construir, edificar, fazer urbanização onde hoje não é possível"..Em causa estão solos classificados como rústicos..De acordo com o Governo, 70% desta edificação tem de ser destinada à habitação pública ou a valores moderados, excluindo assim a habitação de luxo..António Leitão Amaro precisou que esta medida vai proteger os valores naturais mais sensíveis, onde se inclui a Rede Natura (áreas de conservação de habitats e espécies selvagens de risco), terrenos agrícolas de maior potencial e outras zonas de risco.