Governo admite apoio direto às famílias para compensar aumento das rendas
A atribuição de um apoio direto às famílias para compensar a atualização das rendas no próximo ano - de 6,9%, de acordo com a inflação - está a ser estudado pelo governo, que se tem reunido com os representantes do setor. Os senhorios têm rejeitado a imposição de um travão à subida das rendas em linha com a inflação, como estabelecido na lei.
A notícia é avançada pelo jornal Público, que dá conta que, na última reunião com as associações setoriais, esta semana, a ministra da Habitação avançou com a possibilidade de ser atribuído um apoio direto às famílias cuja taxa de esforço com o pagamento das rendas ultrapasse os 35% e que aufiram rendimentos até ao sexto escalão do IRS. O novo subsídio seria acumulado com o apoio extraordinário à renda, já em vigor.
Este ano, as rendas teriam de ter sido atualizadas em 5,43%, mas o governo impôs um travão, admitindo uma subida máxima de 2% e compensou os senhorios em sede fiscal pelos aumentos que não puderam fazer.
Mas o primeiro-ministro já veio garantir que tal não se repetirá. "O governo está à procura de um ponto de equilíbrio que não desincentive os proprietários de colocar as casas no mercado, nem crie situação de rutura social", referiu António Costa, o mês passado. Já este mês precisou que a fórmula adotada este ano não será repetida, mas sem avançar mais. "Qual a medida entre os 2,% e os 6,9% que resultaria da fórmula legal? É algo que estamos a falar", afirmou.