Fernando Gomes corta 15% do quadro da FPF

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A presidência de Fernando Gomes na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que comemora um ano em funções, implementou uma reestruturação na instituição que originou uma redução de 15% do quadro de pessoal. A revelação foi feita pelo próprio presidente em entrevista exclusiva por escrito ao DN/Dinheiro Vivo.

"Durante o primeiro ano já fizemos vários ajustamentos, com redução do quadro da FPF, sem qualquer tipo de conflitos", disse Fernando Gomes. O responsável revelou que "antecipámos situações de reforma, procurando estabelecer acordos no sentido de salvaguardar a continuidade dessas pessoas num plano de pensões que a FPF tem. O quadro de pessoal foi reduzido em cerca de 15%, tendo em conta o saldo de entradas e saídas".

Os vários ajustamentos resultaram da análise feita ainda durante a candidatura à presidência e colocados em prática com a entrada há um ano da nova direção. "Procurámos conhecer a organização e, de forma tranquila, temos vindo a fazer os ajustamentos necessários para que a organização possa cumprir os pressupostos que estão no nosso programa eleitoral."

Esta reestruturação e readaptação da estrutura interna obrigou a uma racionalização da própria instituição e, segundo o responsável, deverá resultar numa poupança anual estimada em 400 mil euros. "Mas estamos a fazê-lo de forma tranquila e sem dramas. Procurando plataformas de entendimento com aquilo que entendemos estar desajustado em termos da estrutura e, simultaneamente, reforçar a estrutura com quadros que sejam uma mais-valia para o cumprimento dos objetivos que traçamos", garantiu.

A melhoria dos serviços e a redução de encargos são as razões apontadas para a reestruturação implementada na FPF. "Estas alterações visaram sempre a melhoria dos serviços prestados", salientou o presidente da Federação, acrescentando que "visando a melhoria da qualificação das pessoas e dos serviços que prestamos aos nossos associados, procuramos também reduzir os encargos da estrutura".

Fernando Gomes alerta que, "sem estas alterações, não teria sido possível concretizar, como se verifica hoje, uma parte significativa desses mesmos objetivos". A sustentabilidade do futebol não profissional, um plano de crescimento adequado em termos de formação, um plano de desenvolvimento ao nível do futsal e futebol feminino, e, por fim, o desejo de construir a Cidade do Futebol são algumas das metas que foram traçadas. "Passado um ano da nossa entrada em funções, grande parte dos objetivos está concretizada", concluiu Fernando Gomes.

A reestruturação da Federação está a ser acompanhada de perto pela FIFA e pela UEFA e, segundo o presidente, "feedback tem sido extremamente positivo". Fernando Gomes revelou que um grupo da FIFA esteve na FPF para conhecer "em detalhe tudo o que tem sido feito em termos de ajustamento interno, ficando admirados com a rapidez com que a FPF se reajustou a uma nova dinâmica que imprimimos". Já o reconhecimento da UEFA foi feito através da atribuição de um prémio de Criatividade e Inovação à FPF, pela campanha de angariação de público para os seus jogos em parceria com o Continente, "naquela que foi a primeira vez que, de acordo com o nosso conhecimento, a FPF foi premiada internacionalmente a este nível".

Questionado sobre a possibilidade de o Euro2020 vir a realizar-se em diferentes cidades de vários países, Fernando Gomes considerou que a FPF "vê com bons olhos esta decisão" e a probabilidade de Portugal voltar a ser palco de um Euro não está descartada: "Vamos analisar o dossier e aferir de que forma poderemos estar envolvidos nesta organização".

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