Facebook exagerou e agora promete transparência no consumo de vídeo na rede

Rede social quer ter a funcionar já no próximo ano um conselho de medição, com especialistas da área dos clientes e agências de publicidade.
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Dois meses depois de ter admitido que tinha inflacionado o tempo médio que os utilizadores despendem a ver vídeos na rede social, o Facebook está a prometer aos anunciantes melhores dados permitindo-lhes ter uma visão mais clara sobre como estão a gastar o seu orçamento de marketing.

O Facebook acaba de lançar um novo blogue no seu website, o Metrics FYI, onde irá partilhar atualizações e correções aos seus dados de utilização.

"Queremos assegurar que os nossos clientes confiam e acreditam nas métricas que estamos a facultar", disse Carolyn Everson, vice-presidente global de market solutions do Facebook, citada pela Reuters.

Companhias com o Facebook ou o Google têm sido criticadas por falta de transparência na forma como mede os resultados do vídeo. A ausência de um método universal de medição do tempo despendido pelas pessoas a ver vídeos tem sido criticada pelos anunciantes, incógnitas que podem ser críticas num momento em que o vídeo é algo procurado pelos anunciantes e vendido a um preço superior pelas plataformas.

Em setembro, o Facebook disse aos anunciantes que o tempo médio dispendido pelos utilizadores a ver vídeo online tinha sido inflacionado, porque estava apenas a contar vídeos que tinham sido visualizados pelos menos 3 segundos. A rede tinha deixado de fora aqueles que viram menos de três segundo de vídeo ou que não o viram de todo, criando a perceção junto dos anunciantes de que os vídeos estavam a ter um melhor desempenho do que tinham na realidade.

Após as críticas dos anunciantes, a rede social tem estado em contacto com os anunciantes, bem como entidades como o IAB. A rede social está a criar um Conselho de Medição, que inclui especialista em métricas de clientes e de agências de publicidade. A Nestlé já se juntou ao projeto que deverá estar a funcionar já em 2017.

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