Pessoa

Carlos Rosa
Fado, futebol e Fátima: o fado confinou
Entrevista a Maria Filomena Mónica
"Chocou-me este coro unânime na morte de Eduardo Lourenço"
Oito meses após ter publicado O Olhar do Outro, uma visão sobre Portugal de visitantes estrangeiros a partir do século XVIII, Maria Filomena Mónica lança agora O Meu País, a sua opinião sobre a "nação", em contraponto com a de figuras nacionais que nos têm pensado. Dois livros gémeos.
Luís Filipe Castro Mendes
Eduardo Lourenço, o ausente de si mesmo

EDUARDO LOURENÇO (1923-2020)
Morreu o filósofo que procurou Portugal no seu labirinto
Luís Filipe Castro Mendes
A caixinha do rapé
1864
Saramago e Pessoa vão ao cinema
Difíceis de se converter em imagens, os mundos conceptuais de José Saramago (1922-2010) e de Fernando Pessoa (1888-1935) não deixam de despertar algum fascínio ao cinema. Tanto ontem como hoje. O caso de Saramago é particularmente curioso, se atentarmos no facto de serem mais os cineastas estrangeiros a assumir o risco de adaptar obras suas do que os portugueses. Enfim, a inversão dessa tendência faz-se notar agora com a estreia de O Ano da Morte de Ricardo Reis, realizado por João Botelho, e uma anunciada adaptação de O Evangelho Segundo Jesus Cristo, por Miguel Gonçalves Mendes, o realizador que filmou o documentário José e Pilar (2010) com a grande cumplicidade do Prémio Nobel e da sua mulher, Pilar del Río. Por sua vez, Pessoa, na instabilidade dos seus heterónimos, parece vaguear de filme em filme como um espectro literário que levanta a bruma sobre o imaginário lisboeta - veja-se Mensagem (1988), de Luís Vidal Lopes, uma película que assenta nesse texto profético do poeta e se converte numa leitura ela própria cabalística, ou a versão divertida da persona que se encontra na curta-metragem Como Fernando Pessoa Salvou Portugal (2018), de Eugène Green. Um poema aqui, outro ali, "Fitas de cinema correndo sempre/ E nunca tendo um sentido preciso", escreveu o heterónimo Álvaro de Campos, e lá isso é verdade: os sentidos são múltiplos. Aqui correm oito fitas, quatro baseadas em Saramago, e outras quatro de inspiração pessoana.
1864
O homem, o poeta, a sua escrita e o cinema dela
Eis um cinema de sonhos, mas também de palavras, de abstrações formais, de revisitação da história. Invocando Pessoa, através do romance de José Saramago, João Botelho filma O Ano da Morte de Ricardo Reis como uma aventura muito nossa - ser ou não ser português, eis a questão.

1864
'O Ano da Morte de Ricardo Reis', o livro que juntou José e Pilar
