A Ryanair anunciou um lucro de 2.538,8 milhões de euros no primeiro semestre fiscal, referente ao período de abril a setembro, refletindo um aumento de 42% comparativamente ao mesmo período do ano anterior, conforme revelado pela companhia aérea de baixo custo esta segunda-feira, 3 de novembro.As receitas da empresa crescem 13%, totalizando 9.817,5 milhões de euros, impulsionadas por um aumento equivalente no preço médio dos bilhetes, que se fixou em 58 euros. Apesar do aumento nas receitas, os custos operacionais do primeiro semestre fiscal também sobem, mas de forma mais contida, com um incremento de 4%, resultando em 6.957 milhões de euros. No entanto, a Ryanair enfrenta um impacto negativo de 29,7 milhões de euros devido a flutuações cambiais, uma situação que se inverteu no ano anterior, quando registou um ganho de 2,4 milhões de euros.Para o exercício em curso, que se estende até março, a companhia revê ligeiramente em alta o tráfego de passageiros, passando de 206 para 207 milhões. A Ryanair espera recuperar totalmente a diminuição de 7% nos preços dos bilhetes observada no exercício anterior, prevendo assim um "razoável crescimento nos lucros", como explica em comunicado.Por outro lado, a entrega de novos aviões pela Boeing aumentou a capacidade da companhia, que antecipa um crescimento de 4% no tráfego de passageiros, alcançando 215 milhões no próximo ano fiscal. A Ryanair também anunciou uma reestruturação das suas operações para o inverno, realocando capacidade para regiões e aeroportos que reduziram taxas aeroportuárias, como Suécia, Eslováquia, Itália, Albânia e Marrocos, enquanto desvia recursos de mercados considerados "de elevados custos e não competitivos", incluindo Alemanha, Áustria e voos regionais em Espanha.Por fim, a companhia não hesitou em criticar a Comissão Europeia pela sua "inação" na implementação das recomendações do Relatório Draghi, alertando que tal comportamento está a tornar a Europa menos competitiva. O Parlamento Europeu também foi alvo de críticas, com a Ryanair a classificar como "estúpidas" as novas regras propostas para as bagagens de mão. .Ryanair pede reforços nas fronteiras e intervenção do Governo. “A reputação de Portugal está a ser afetada”